Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Russos acusam uma astronauta da Nasa de sabotar nave espacial

Roscosmos alega que a americana teria feito um furo na Soyuz para antecipar o retorno da Estação Espacial

Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo*, do R7

O furo identificado na nave Soyuz
O furo identificado na nave Soyuz O furo identificado na nave Soyuz

A Nasa, agência espacial americana, se defendeu de acusações da Roscosmos, agência espacial russa, de que uma astronauta teria tentado sabotar a nave espacial russa Soyuz quando o veículo estava acoplado à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), em 2018.

Mesmo sem provas, a Roscosmos alega que Serena Auñón-Chancellor, que viajou na nave com dois astronautas — um da Roscosmos e o outro da ESA, agência espacial europeia — na época do ocorrido, teria feito um buraco na nave.

Em abril, o serviço de notícias estatal russo Tass publicou uma reportagem que afirmava que Serena teria feito a perfuração para voltar para casa mais cedo após sofrer uma "crise psicológica aguda" provocada por uma trombose venosa. Mais recentemente, autoridades russas levantaram outra teoria: a de que a astronauta teria perfurado o buraco "devido ao estresse após um relacionamento romântico malsucedido com outro membro da tripulação". Para o administrador da Nasa, Bill Nelson, as alegações não têm credibilidade.

"Esses ataques são falsos e não têm credibilidade", afirmou ele. “Eu apoio completamente Serena e todos os nossos astronautas.”

Publicidade

Leia também

Segundo a Roscosmos, a investigação foi concluída recentemente e os resultados foram enviados aos responsáveis, que devem analisar agora se cabe ou não dar início a um processo criminal. A hipótese mais aceita, no entanto, é que o furo seja apenas um defeito de fabricação.

À época, os três selaram o buraco com epóxi e não correram perigo, mas a abertura poderia ter despressurizado a ISS em questão de algumas semanas e provocado uma tragédia.

Publicidade

Os Estados Unidos e a Rússia têm sido parceiros em programas espaciais nas últimas três décadas, mas agora essa aliança parece estar se desintegrando, com tensões exacerbadas por provocações russas. O chefe espacial da Rússia, Dmitry Rogozin, deve se encontrar pessoalmente com Nelson e possivelmente ambos chegarão a uma via de conciliação sobre o ocorrido.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.