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PT anuncia federação com partidos de esquerda sem participação do PSB

Lideranças debateram durante reunião entre partidos, nesta quarta. Legendas citam que essa é a decisão 'deste momento'

Brasília|Alan Rios e Bruna Lima, do R7, em Brasília

Reunião na sede do PSB, em Brasília
Reunião na sede do PSB, em Brasília Reunião na sede do PSB, em Brasília

Uma nova rodada de conversas encerrou, neste momento, a possibilidade de uma federação entre PT e PSB. O Partido dos Trabalhadores anunciou federação apenas com PCdoB e PV. A reunião que terminou com essa definição aconteceu na tarde desta quarta-feira (9), na sede do PSB, em Brasília.

"Na verdade, somos partidos distintos, temos culturas distintas, às vezes até disputas entre nós. Neste momento exato, agora, esse assunto não está maduro para o PSB. Mas vamos estar juntos na eleição nacional e em vários estados", anunciou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

A formação de uma federação partidária entre as legendas já vinha sendo motivo de debates intensos nos últimos meses. Em fevereiro, o PSB entregou um documento ao PT e aos demais partidos com seis tópicos para o "aprimoramento de regras atinentes à formação de federação partidária", que eram considerados como essenciais para que a aliança pudesse se concretizar.

No texto, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, propôs a manutenção da proporcionalidade não só dos deputados federais, mas de prefeitos e vereadores eleitos por cada partido no pleito de 2020. Para a formação de chapas, o PSB almejava considerar os votos válidos alcançados pelas instituições partidárias nas respectivas unidades federadas.

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"A fim de evitar que a constituição da federação promova efeitos desorganizadores nas eleições municipais de 2024, propomos considerar como candidaturas natas aquelas que envolvam a reeleição de prefeitos(as), vice-prefeitos(as) e vereadores(as)", acrescentava o texto. A ideia da legenda socialista era evitar que o PT conquistasse uma liderança dentro da federação a ponto de anular a autonomia das demais siglas.

O PT, por outro lado, propôs uma divisão da assembleia-geral em que o partido ficaria com 27 membros, o PSB com 15 e PCdoB e PV teriam quatro cadeiras cada um. Outra discordância estava relacionada às eleições do governo de São Paulo, pois o PT já anunciou que o candidato da sigla é Fernando Haddad, enquanto o PSB quer Márcio França na disputa.

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Porém, para o presidente do PSB, esse tema não foi um impeditivo para a federação. "A eleição em São Paulo é uma discussão paralela, não está relacionada à discussão da federação", frisou.

O PT e PSB, siglas que tradicionalmente se unem em votações importantes pelo alinhamento ideológico, terminaram o encontro com possibilidades de outros tipos de alianças que não uma fusão a nível nacional. 

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