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PSB apresenta proposta para reduzir força do PT em federação

Além de mudança na composição, PSB propôs um percentual de votos para direito ao veto e uma maioria qualificada que diminui poder da legenda

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Reunião entre PT, PSB, PCdoB e PV
Reunião entre PT, PSB, PCdoB e PV

A formação de uma federação partidária entre o PT, PSB, PCdoB e PV continua sem definição, diante de um imbróglio principalmente entre os dois primeiros partidos. Em reunião na tarde desta quinta-feira (10), na sede do PSB, em Brasília, a legenda entregou formalmente ao PT uma lista com seis pontos para que as tratativas avancem. A questão está sendo ainda discutida entre membros da executiva dos quatro partidos.

Duas novas sugestões foram acrescentadas após reunião de parlamentares federais do PSB nesta semana. Uma delas é para que sejam vetadas as propostas que tenham contra si ao menos 15% dos votos da assembleia-geral da federação. A assembleia possui 50 membros, conforme esboço feito pelo PT. A proposta do PSB, então, prevê que sete membros conseguiriam vetar uma proposta.

O outro item sugerido, alvo de muita discordância, é que a maioria qualificada dos votos na assembleia corresponda a 40 votos. Com isso, o PSB visa reduzir o protagonismo do PT na federação a ser formada.

O Partido dos Trabalhadores já apresentou a proposta de divisão da assembleia-geral: dos 50 membros, o partido ficaria com 27; o PSB com 15; PCdoB e PV teriam quatro cadeiras cada um. A deliberação ocorreria, conforme proposta da sigla, por 2/3 da assembleia: ou seja, com 33 membros, o que tornaria mais fácil para o PT conseguir aprovar qualquer medida no bloco.


O PSB é contrário, por avaliar que perde força com a formação proposta pelo PT, e pede alterações. Uma das mudanças já sugerida pela sigla é na composição de integrantes da assembleia. Enquanto o PT elaborou a composição com base na bancada na Câmara (o PT tem 53 deputados federais enquanto o PSB possui 30), o PSB quer que seja levado em consideração também o número de prefeitos e vereadores eleitos em 2020. Nesse caso, o PSB tem vantagem, com 250 prefeitos, enquanto o PT possui 179.

Entre troca de farpas nos últimos dias, há uma dificuldade clara entre as duas legendas em elaborar um acordo. Um dos pontos que atrapalha a negociação é sobre quem vai concorrer pelo bloco ao governo de São Paulo. O PT já anunciou que o candidato da sigla é Fernando Haddad; por outro lado, o PSB quer Márcio França na disputa.


França participa da reunião desta quinta-feira na sede do partido para discutir a formação da federação. Também estão presentes os deputados do PSB Alessandro Molon (RJ), líder da oposição, e Gervásio Maia (PB), e o ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg. Do PCdoB, o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) e a vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Luciana Santos.

Os integrantes do PT participam de forma online, sendo eles a deputada Gleisi Hoffmann (PR); José Guimarães (PT-CE); e Paulo Teixeira (PT-SP). Do PV está o presidente nacional José Luiz de França Penna.

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