Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Ação pede indenização de R$ 200 mi por assassinato de João Alberto 

Defensoria Pública também requer a interdição, por cindo dias, da unidade do supermercado onde o cliente morreu espancado por seguranças

Cidades|Do R7

A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul entrou nesta quarta-feira (25) com uma ação civil pública coletiva contra o Carrefour e a empresa de segurança Vector pelo assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, espancado por dois seguranças em uma unidade do supermercado na zona norte de Porto Alegre.

Leia também: Fiscal que intimidou quem filmava morte de João Alberto é presa

João Alberto Freitas, assassinado em um supermercado
João Alberto Freitas, assassinado em um supermercado João Alberto Freitas, assassinado em um supermercado

A ação, ajuizada na Vara de Tutelas Coletivas da capital gaúcha, cobra indenização de R$ 200 milhões da rede de supermercados por danos morais coletivos e sociais. Segundo a Defensoria, o valor será destinado a fundos de combate à discriminação e defesa do consumidor.

A Defensoria pede ainda que a rede Carrefour crie em Porto Alegre, em até 10 dias, um plano de combate ao racismo e ao tratamento discriminatório voltado aos funcionários do grupo. Também solicita a adoção de campanhas de conscientização em redes sociais e na mídia. Requer ainda a afixação de ao menos dez cartazes, em cada unidade do conglomerado no Brasil, destacando que discriminação é crime e que denúncias podem ser encaminhadas ao canal "Disque 100".

Publicidade

Veja também: Imagens exclusivas revelam novos detalhes sobre caso João Alberto

Há ainda um pedido para que o grupo Carrefour e a Vector custeiem o aparelhamento material da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), anunciada pelo governo do Estado. Também exige que eles cubram os gastos da Brigada Militar com ações de segurança nos locais onde ocorreram manifestações após a morte de João Alberto.

Publicidade

A Defensoria Pública também requer a interdição da unidade onde ocorreu o crime por cinco dias, 'com o objetivo de diminuir os riscos de possíveis atos hostis que poderão ocorrer em decorrência de manifestações'.

Leia também: Família se despede de João Alberto e pede justiça

Publicidade

Leia também

Além das empresas, a fiscal do Carrefour Adriana Alves, que filmou as agressões de perto e ameaçou uma testemunha, e os dois seguranças Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, flagrados espancando o homem negro até a morte, também foram incluídos na ação.

Mais cedo, a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Porto Alegre anunciou que abriu dois inquéritos civis para buscar reparação e investigar a política de direitos humanos no supermercado. Há ainda duas frentes de investigação criminais relacionadas ao episódio em curso no Ministério Público Federal. 

Enquanto a Procuradoria do Rio Grande do Sul apura o funcionamento de mecanismos de fiscalização de empresas de segurança privada pela Polícia Federal, os procuradores do Rio de Janeiro investigam medidas adotadas pela PF e também por supermercados, shopping centers e bancos para enfrentamento do racismo estrutural nos serviços de vigilância.

Veja imagens dos protestos contra a morte de João Alberto pelo Brasil:

" gallery_id="5fb83454c012ad055a00131b" url_iframe_gallery="noticias.r7.com/cidades/acao-pede-indenizacao-de-r-200-mi-por-assassinato-de-joao-alberto-25112020"]

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.