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Imagens exclusivas revelam novos detalhes sobre caso João Alberto

Cenas mostram seguranças alegando que a vítima estava drogada e testemunha avisando que o cliente estava ficando com a boca roxa 

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Imagens obtidas com exclusividade pela Record TV mostram novos detalhes das agressões a João Alberto Freitas, cliente negro espancado até a morte por seguranças brancos em um supermercado de Porto Alegre (RS).

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João Alberto Freitas, espancado até a morte em um supermercado de Porto Alegre
João Alberto Freitas, espancado até a morte em um supermercado de Porto Alegre

As cenas mostram que um dos agressores sugerindo que a vítima estaria drogada. Nos registros inéditos, é possível ver a agressão por outro ângulo. Quando João Alberto, inconsciente, está caído no chão, após ser agredido, um dos seguranças tenta se explicar às testemunhas. "Mas se ele está drogado é pior ainda", diz um segurança. "Ele não está drogado", responde uma testemunha.

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Em um outro vídeo, uma mulher conta o que os seguranças disseram ao pai de João Alberto. "O pai dele perguntou e falaram assim que ele estava alterado. Eles alegaram que ele estava alterado", conta uma testemunha.

Também é possível perceber o momento em que uma outra cliente alerta que João Alberto estava ficando com a boca roxa durante o espancamento. "Logo no início, quando ele começou a entrar em falência, eu falei: ele está ficando com a boca roxa e ninguém deu bola. Continuaram dois em cima dele", afirma um cliente.


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A Record TV teve acesso aos depoimentos prestados à polícia. Há contradições nos relatos de duas funcionárias do supermercado.


Uma fiscal disse à polícia que não conhecia João Alberto e que ele parecia furioso ao encarar ela e os seguranças. A funcionária do supermercado ainda disse que ele ameaçou empurrá-los, mas que conseguiram se esquivar.

Isso teria ocorrido antes de João Alberto ser levado ao estacionamento. O circuito interno, no entanto, não mostra isso. João Alberto parece caminhar tranquilamente e agride o segurança só quando chega ao subsolo.

A agente de fiscalização do supermercado - que aparece em dos vídeos - também foi ouvida e também apresentou contradições.

Ela relatou que a colega, que disse desconhecer João Alberto, disse a ela que ele havia tido atrito com outros funcionários em outras ocasiõe e que, desta vez, João Alberto teria empurrado uma senhora. Ela também afirmou que ligou para a polícia militar e para o samu, e que pediu aos rapazes para que largassem João Alberto.

Mais uma vez não é o que aparece nos vídeos. As imagens mostram a fiscal repreendendo um colega. "Não faz isso que eu vou te queimar na loja", afirma. Ao que o funcionário responde: "Eu trabalho aqui na loja. isso daí não pode."

Inquérito

A polícia civil espera concluir o inquérito sobre a morte de João Alberto até sexta-feira (27). Além do homicídio doloso - quando há intenção de matar - a polícia investiga se foram cometidos outros crimes. Os seguranças, Magno Braz Borges e giovane gaspar da silva, estão presos preventivamente.

O advogado de Giovane disse que o cliente não conhecia João Alberto e negou que a causa da morte tenham sido as agressões. “Ele foi conter uma situação, chamado pelo rádio porque havia um senhor que estava iniciando um conflito com uma funcionária", disse o defensor.

Veja imagens dos protestos contra a morte de João Alberto pelo Brasil:

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