A Justiça determinou uma limpeza e descontaminação da boate Kiss, em Santa Maria (RS), para avaliar se é possível realizar uma reconstituição do incêndio que deixou ao menos 242 mortas no dia 27 de janeiro deste ano. Uma simulação seria feita em agosto, mas não ocorreu porque um laudo do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) apontou a presença de componentes químicos que colocaria a saúde dos envolvidos em risco.
O juiz Ulysses Fonseca Louzada enviou um ofício à prefeitura de Santa Maria e pediu que a limpeza da área fosse feita sem que a estrutura do prédio fosse comprometida. Após a descontaminação, o mesmo juiz deve decidir se a reconstituição será feita.
A boate ainda está lacrada com tapumes. A Brigada Militar disponibiliza que ao menos um policial faça a segurança na boate 24 horas por dia para preservar o local até que a Justiça determine a liberação.
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O fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se espalharam em poucos minutos.
Os donos da boate e os músicos chegaram a ser presos, mas respondem ao processo em liberdade, assim como outros responsabilizados pela Polícia Civil.