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Mãe de jovem morto em escola pede: 'não julgue o nosso filho'

Autor de ataque contra colegas de sala seria vítima de bullying

Cidades|

Estudantes homenageiam colegas mortos em ataque
Estudantes homenageiam colegas mortos em ataque Estudantes homenageiam colegas mortos em ataque

A mãe do estudante João Pedro Calembo, de 13 anos, morto em um ataque a tiros no Colégio Goyases, em Goiânia, publicou uma mensagem nas redes sociais dizendo que está despedaçada. Bárbara Melo fez uma homenagem ao filho e pediu para que ele não seja julgado. "Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido", escreveu. (Leia mais abaixo o posto na íntegra)

Esta é a segunda mensagem que a mãe publica sobre o filho depois do atentado. Anteriormente, ela publicou uma foto do adolescente e escreveu: "Hoje não tem texto bonito. Apenas uma mãe despedaçada."

O adolescente de 14 anos, autor dos disparos, foi apreendido na última sexta-feira (20). João Pedro morreu no local com um tiro na cabeça, assim como João Vitor Gomes, de 13 anos. Outros quatro estudantes ficaram feridos. Até o momento, um dos alunos, de 13 anos, recebeu alta hospitalar, na manhã deste domingo (22).

Bullying

Colegas relatam que o jovem atirador era chamado por outros colegas de "fedido". O estudante F.Q, de 12 anos, colega de sala, conta que há pouco tempo começaram a chamá-lo assim. De acordo com ele, na sexta-feira João Pedro Calembo, também morto com um tiro na cabeça, levou um desodorante para a sala de aula."O João jogou um desodorante nele. Aí o atirador xingou o João Pedro. Achei que tinha passado, que ele não ia ligar"; disse.

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Os disparos teriam começado após a provocação com o desodorante. A coordenadora da escola foi responsável por acalmar o jovem. Ele chegou a apontar a arma contra a própria cabeça, mas ela conseguir evitar o suicídio e convenceu o estudante a esperar a polícia com ela na biblioteca da escola. O adolescente foi apreendido em flagrante delito.

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Os dois adolescentes mortos com tiros na cabeça foram enterrados na manhã de sábado. Entre os quatro jovens que continuam internados, o caso mais grave é de uma garota de 14 anos, que na noite ontem ainda permanecia sedada e respirando com o auxílio de aparelhos na UTI.

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Durante o enterro de Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, o estudante F.Q contou que o adolescente suspeito de ter cometido o atentado idolatrava Hitler. "Um dia ele veio fantasiado de Hitler, ano passado. Era uma atividade de entrevista na escola, disse. F diz ainda que o jovem chegou a levar um livro satanista para a escola e ler em voz alta. A versão é a mesma de outras duas adolescentes que também estudavam na mesma sala de 8°ano.

Leia a publicação da mãe de João Pedro Calembo, que já teve mais de 1,6 mil comentários:

"A vida e suas reticências... não vou reclamar meu Papai do Céu... Apenas aceitarei seus propósitos. Não entendo, nunca vou entender. Não quero buscar explicações. O Senhor apenas me emprestou o João Pedro pelos melhores 13 anos da minha vida. Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que vc tem lido. Nós é a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos 3 filhos. Respeitem nosso luto, somos humanos, falhos, gente que tenta acertar todos dias. Meu príncipe foi morar num lugar onde não há choro, tristeza ou dor. Nosso filho querido, amado, responsável por natureza.... Amamos vc eternamente! Estou despedaçada, mas o Senhor, no tempo dEle, me restaurará."

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