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Médica acusada de antecipar mortes em UTI é destaque em TV internacional

Médica acusada de antecipar mortes em UTI é destaque em TV internacional

Cidades|Do R7

O caso voltou a ganhar destaque depois da notícia de que diretores do hospital curitibano também poderiam ser investigados
O caso voltou a ganhar destaque depois da notícia de que diretores do hospital curitibano também poderiam ser investigados O caso voltou a ganhar destaque depois da notícia de que diretores do hospital curitibano também poderiam ser investigados

A médica acusada de antecipar a morte de sete pacientes quando dirigia a UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba, entre 2006 e este ano, foi destaque em TV internacional nesta quinta-feira (28).

O caso que envolve Dra. Virgínia Soares de Souza foi noticiado pela rede CNN com transmissão ao vivo da jornalista correspondente do canal no Brasil, Shasta Darlington.

O caso voltou a ganhar destaque depois da notícia de que diretores do hospital curitibano também poderiam ser investigados junto com Virgínia Soares. O Ministério Público do Paraná pediu novo inquérito policial para investigar se houve antecipação de mortes.

Na segunda-feira (25), o MP-PR (Ministério Público do Paraná) entrou com um recurso contra a decisão da Justiça de revogar a prisão da ex-chefe da UTI(Unidade de Terapia Intensiva). A médica foi solta na última quarta-feira (20). O pedido não tem prazo para ser analisado pelo juiz.

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Virgínia é acusada de mandante das mortes, mas outras sete pessoas também respondem pelos supostos crimes.

A Polícia Civil e a promotoria dizem que ela ordenava os subordinados a dar medicações e diminuir os aparelhos de respiração dos doentes. Os médicos Anderson de Freitas, Edson Anselmo da Silva e Maria Israela Bocato, além da enfermeira Laís da Rosa Groff são acusados de dois homicídios duplamente qualificados e formação de quadrilha.

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A denúncia também atinge a enfermeira Patrícia Cristina de Gouveia Ribeiro — acusada por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha —, a fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes — acusados de formação de quadrilha. Eles não foram presos.

Entenda o caso

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As investigações começaram há um ano, após denúncias de funcionários do próprio hospital à ouvidoria do governo do Paraná. Virgínia foi indiciada pela polícia por homicídio qualificado, por não haver chance de defesa das vítimas.

Gravações telefônicas feitas com autorização da Justiça mostraram conversas da médica com outros médicos e demais funcionários. A polícia entendeu, após ouvi-las, que Virgínia ordenava o desligamento de aparelhos de alguns doentes.

Virgínia trabalhava na unidade há 24 anos. Ela era casada com o chefe da UTI, Nelson Mozachi, e assumiu o cargo quando ele morreu, em 2006.

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Em nota divulgada no dia da prisão, o Hospital Universitário Evangélico disse que abriu sindicância interna para apurar os fatos, que reconhece a competência profissional de Virgínia e que “desconhece qualquer ato técnico dela que tenha ferido a ética médica”. Toda a equipe do setor foi trocada.

O CRM-PR (Conselho Regional de Medicina do Paraná) manifestou preocupação com a "condenação pública" dos envolvidos sem que “sejam realmente avaliados e julgados por quem de direito”. Não há qualquer queixa dela no órgão.

Por meio de carta, a médica se disse vítima de ex-funcionários. O filho dela, Leonardo Marcelino, e o advogado, Elias Mattar Assad, disseram que tudo "é um grande erro da polícia" e que as denúncias “são baseadas em depoimentos e não em provas”.

Apesar de estar na UTI do hospital desde 1998 e chefiar o setor há sete anos, Virgínia não era especialista na área. Segundo a polícia, quem assinava por ela como chefe da unidade era outro médico.

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