Pilotos e comissários de bordo fizeram uma paralisação nesta quarta-feira (3) em 12 aeroportos brasileiros. Às 12h, dos 908 voos programados, a Infraero (estatal que administra aerportos no Brasil) contabilizava 347 atrasados (38,2%) e 157 cancelados (17,3%) no País.
A previsão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) era de que, inicialmente, o movimento grevista afetaria ao menos 241 voos, das 6h às 8h, período que deve durar a paralisação.
Os seguintesaeroportos foram mais severamente afetados durante as duas horas de greve: Congonhas e Guarulhos (São Paulo), Campinas, Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro), Brasília, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador, Recife e Fortaleza.
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A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) recomendou às companhias que permitam a remarcação das passagens desta quarta-feira sem custo aos passageiros. Avianca, Gol e TAM já informaram que os clientes que quiserem viajar em outra data serão dispensados de multa. A Azul não havia respondido até o fechamento desta matéria. A TAM e a Gol ainda oferecem a opção de reembolso integral.
O sindicato da categoria avisou que haveria efeito cascata, mas que não seria possível prever como isso afetará as operações. Dessa forma, voos durante toda esta quarta-feira poderão sofrer atrasos. O SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) acrescenta que menos de 10% dos voos programados para o horário da paralisação deixarão de partir.
A recomendação geral das companhias aéreas é que os passageiros consultem a situação do voo antes de sair de casa, por meio das centrais de atendimento. Quem optar por viajar pode antecipar o check-in pela internet e evitar filas nos saguões.
A Anac lembra que “a companhia deve oferecer facilidade de comunicação [ligação telefônica, internet e outros] para atrasos superiores a uma hora; alimentação adequada para atrasos superiores a duas horas, e acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de hospedagem, para atrasos superiores a quatro horas”. Quem se sentir lesado pode registrar uma reclamação na Anac.
Além da paralisação dos aeronautas, os aeroviários (funcionários de solo) também cruzaram os braços a partir das 6h desta quarta-feira, nos mesmos aeroportos. No aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, houve um ato dos trabalhadores.
Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, referente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro de 2014 a novembro de 2015 (data-base da categoria). As empresas propuseram escalonar o reajuste, o que foi recusado pelos trabalhadores. Segundo os sindicatos, haveria perda real de salário se isso fosse aceito.
Serviço
Anac: 163
Avianca: 4004-4040 (São Paulo e principais capitais); ou 0300-789-8160 (demais localidades)
Gol: 0300-115-2121
TAM: 4002-5700 (capitais) e 0300-570-5700 (demais cidades)