Após o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), ter negado o pedido de liminar da USP (Universidade de São Paulo) para não pagar salários dos servidores grevistas, a universidade depositou o pagamento referente ao mês de julho ontem (4).
A informação é da assessoria de imprensa da reitoria e foi confirmada pelo Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP). O sindicato afirma ainda que todos os pagamentos referentes ao mês de agosto foram feitos.
Não foi informado quantos funcionários receberam o pagamento por terem tido seus pontos cortados.
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Na segunda-feira (1º), a Justiça Trabalhista de São Paulo determinou que a USP pagasse os salários de julho até hoje (5). Na mesma decisão, o juiz proibiu a universidade de cortar os salários dos grevistas, sob multa de R$ 30 mil por descumprimento.
Supremo
Na decisão do STF, o ministro entendeu que os servidores têm garantido o direito de greve. Além disso, Melo argumentou que o tipo de ação pretendida pela universidade não é o meio adequado para questionar o ato da Justiça Trabalhista.
Em nota, ex-reitor da USP culpa recessão do País pela crise na universidade
Segundo o Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP), o pedido ao STF foi feito pelo procurador geral-chefe da USP, Gustavo Mônaco, sem o conhecimento dos funcionários técnico-administrativos.
“O Sintusp considera vergonhosa a atitude de Zago e Mônaco”, diz o sindicato em nota divulgada na madrugada de hoje (5).
Ontem (4), durante a terceira audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o desembargador Davi Furtado Meirelles fez nova proposta para pôr fim à greve dos trabalhadores da USP (Universidade de São Paulo), que começou em maio e dura 100 dias.
No dia 20 de agosto, uma manifestação realizada por servidores técnicos e estudantes contrários ao corte de ponto dos grevistas terminou em confronto com a PM (Polícia Militar) na Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista. Veja vídeo abaixo.