Alunos de escolas estaduais continuam ocupando ao menos seis unidades educacionais nesta sexta-feira (13) em São Paulo. Os estudantes protestam contra o fechamento de 94 escolas e a reorganização de outras instituições, como prevê o projeto do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
No início da noite de quinta-feira (12), policiais militares que cercam a escola estadual Fernão Dias, em Pinheiros, voltaram a usar gás pimenta contra os alunos. Pouco antes, os PMs tentaram deter um estudante, o que deu origem a um protesto. O rapaz acabou liberado.
Esta foi a segunda vez em dois dias que a PM usou o instrumento: na quarta, estudantes já haviam sido atingidos por sprays de gás disparados por policiais.
A primeira ocupação começou no início da semana na Escola Estadual de Diadema. Na última terça-feira (10) foi a vez de alunos ocuparem a Fernão Dias Paes. Porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que os estudantes desocupem o local até esta sexta-feira (13).
Outras duas escolas também foram ocupadas, na manhã desta quinta-feira (12). Jovens ocuparam a Escola Estadual Presidente Salvador Allende Gossens, na rua Domingos Lisboa, em Itaquera, zona leste, e na Escola Estadual Valdomiro Silveira, no Jd. Silvana, em Santo André, na Grande SP. A escola será fechada e os alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão transferidos para outras duas unidades da região.
Na tarde desta quinta-feira (12), as escolas estaduais Professora Heloisa de Assumpção, em Osasco, na Grande São Paulo, e Castro Alves, na região de Santana, zona norte da capital, também foram ocupadas. Com a reorganização, a Heloisa de Assumpção terá apenas ensino médio. Já a Castro Alves, que tem cerca de 650 alunos, irá fechar e os estudantes serão transferidos para três escolas da região.
Ocupação de escola em SP é inspirada em protesto de alunos chilenos
Cartilha que ensina como ocupar uma escola circula nas redes sociais