Em reunião realizada na última terça-feira (9), o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) reiterou a proposta de reajuste dos salários dos servidores da USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em 5,2% divididos em duas parcelas.
Segundo o Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP), na ocasião, o reitor Marco Antonio Zago disse que não tinha nenhuma proposta de abono salarial, e que esta questão será discutida na próxima reunião do Conselho Universitário da USP, sem data divulgada.
Os servidores técnico-administrativos destacam que a postura de Zago contraria determinação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo, que ordenou, no último dia 4, que as universidades paguem abono equivalente a 28,6% dos salários dos servidores.
“Com isto, a greve que poderia estar caminhando para o seu final, vai prosseguir na USP”, diz o Sintusp em nota divulgada na noite de ontem.
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O R7 questionou a assessoria de imprensa da reitoria sobre o assunto, mas não obteve respota até o fechamento dessa matéria.
Também em nota, o Crusp afirma que “devido às características e condições financeiras distintas de cada universidade, o eventual pagamento de abono será definido no âmbito de cada Universidade”.
Conciliação
Está marcada para hoje (10) mais uma reunião de conciliação entre a administração da USP e os servidores técnicos da instituição. O encontro será mediado pelo TRT-SP.
Os funcionários três universidades estaduais paulistas haviam aprovado a proposta apresentada pelo Tribunal de 5,2% de reajuste mais 28,6% de abono.
Se a USP não concordar com a proposta, o TRT será obrigado a marcar uma audiência para julgar a greve na instituição. A audiência deve ser realizada em um ou dois dias após a reunião de conciliação realizada hoje.
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