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Julgamento de ex-presidente egípcio começa com protestos e confronto com a polícia

Deposto, Mohammed Mursi é processado por incitar ao assassinato de manifestantes em 2012

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Manifestantes compareceram ao tribunal onde Mursi vai ser julgado
Manifestantes compareceram ao tribunal onde Mursi vai ser julgado Manifestantes compareceram ao tribunal onde Mursi vai ser julgado

O julgamento do presidente deposto egípcio Mohammed Mursi pelo suposto envolvimento na morte de manifestantes em 2012 começou nesta segunda-feira (4) com confronto entre egípcios e a polícia.

A polícia do país jogou gás lacrimogêneo contra as centenas de partidários do presidente deposto. Eles estavam reunidos em frente à sede do tribunal, no Cairo.

Fontes de segurança no local informaram que as forças de segurança usaram o gás para dispersar os manifestantes que impediam a passagem na entrada da Academia da Polícia.

Um total de 20 mil soldados da Polícia e das Forças Armadas foram deslocados para os arredores do local do julgamento, diante do temor de que os protestos convocados pelos partidários de Mursi se transformem em confrontos.

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Mursi está sendo julgado por "incitação ao assassinato" de manifestantes no dia 5 de dezembro de 2012. Ele pode ser condenado à pena de morte ou prisão perpétua.

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Primeiro chefe de Estado eleito democraticamente no Egito, Mursi ficou apenas um ano no poder e foi mantido em detenção pelo exército em um local secreto desde sua destituição, em 3 de julho.

O presidente deposto foi levado de helicóptero ao tribunal no qual será julgado ao lado de 14 ex-dirigentes de seu governo.

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O julgamento acontece na Academia de Polícia ao lado da penitenciária de Tora, no Cairo, onde estão detidos os principais líderes da Irmandade Muçulmana, o movimento islamita de Mursi que foi duramente reprimido pelas novas autoridades militares após o golpe de Estado de 3 de julho.

Relembre o caso

Depois de seis meses no poder, Mursi estabeleceu por decreto ficar acima de todo controle judicial, o que motivou manifestações contra ele.

Após seis meses de massivos protestos, a oposição conseguiu derrubar Mursi com a ajuda dos militares. O Exército rejeita a alegação de que depôs Mursi em um golpe e diz que estava respondendo à vontade do povo depois de protestos em massa contra seu governo.

Partidários do presidente passaram a realizar comícios quase diários exigindo sua volta ao poder. A sede da Guarda Presidencial, no Cairo, foi um dos principais locais de manifestação, onde 51 pessoas morreram em 8 de julho. O Partido Liberdade e Justiça, de Mursi, pediu então 'uma revolta' contra 'aqueles que tentam roubar sua revolução com tanques'.

No dia 27 de julho, mais de 70 pessoas foram mortas em confrontos com as forças de segurança no acampamento ao redor da mesquita Rabaa al-Adawiya. As forças de segurança foram acusadas de usar força letal desnecessária.

Desde então, o Exército vem reprimindo a Irmandade, esmagando dois acampamentos de protesto pró-Mursi em 14 de agosto, matando centenas de pessoas e prendendo outras milhares.

No fim de setembro, a Justiça local proibiu as atividades da Irmandade Muçulmana e congelou seus bens, o que agravou a perseguição aos membros da confraria.

Em outubro, Washington anunciou a suspensão do envio de tanques, caças, helicópteros e mísseis, além de reter uma ajuda financeira de 260 milhões de dólares, à espera de que haja melhoras na democracia e nos direitos humanos no Egito.

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