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Dinheiro de suposta "rachadinha" em gabinete de Léo Burguês foi utilizado em site de pôquer online

Conclusão é da investigação do MPMG; ex-assessor seria o responsável por recolher dinheiro e efetuar depósitos para o site

Minas Gerais|Bruno Menezes, da Record TV Minas

Vereador é investigado pela prática de "rachadinha"
no gabinete
Vereador é investigado pela prática de "rachadinha" no gabinete Vereador é investigado pela prática de "rachadinha" no gabinete

O vereador de Belo Horizonte Léo Burguês (União Brasil) utilizava da prática de rachadinha - quando servidores do gabinete devolvem parte do salário para o parlamentar mês a mês - para colocar créditos em um site de pôquer online. É o que apontou o relatório o do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais). A prática é diferente da apontada no relátório, onde servidores passariam os valores diretamente para o perlamentar. Os valores creditados no site ultrapassam os R$ 14 mil.

A investigação se deu após denúncias da prática de rachadinha no gabinete de Burguês e cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete do vereador em agosto de 2020.

O documento aponta que pelo menos seis depósitos para a empresa ligada ao site foram identificados. Eles foram feitos por um ex-assessor de Burguês, que ao deixar o cargo no gabinete, segundo o Gaeco, passou a atuar como um "hub", ou seja, um concentrador dos valores recebidos dos funcionários do gabinete que seriam repassados ao site de pôquer. Em alguns casos, o assessor pegava dinheiro com a secretária do parlamentar. 

Esse mesmo ex-assessor foi contratado em 2016 pelo vereador e recebia pouco mais de R$4.200. Ele também chegou a ocupar o cargo de auditor da CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) com vencimento superior a R$ 12 mil, até ser exonerado em março de 2021. 

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Em depoimento, o ex-assessor confirmou que fazia os depósitos para o site e que pegava os valores com a então secretária por conta de pagamento de empréstimos feitos. A investigação concluiu que a secretária também custeava os gastos do vereador com o site de pôquer online. 

Em oitiva, Léo Burguês confirmou que utilizava dinheiro dos funcionários para colocar créditos no site, mas a título de empréstimo. 

Sobre as investigações, Léo Burguês negou os crimes e disse que recebeu "com indignação e perplexidade" a notícia sobre o indiciamento. "Ao longo de uma devassa de quase quatro anos em meu gabinete, na minha vida pessoal e profissional, com total colaboração da minha parte, todos os depoimentos negaram devolução de dinheiro e mostraram materialmente e textualmente que todos os assessores prestam serviços de acordo com suas funções no mandato", declarou em nota.

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