Os guardas municipais de Belo Horizonte decidiram parar as atividades nesta quarta (21) e quinta-feira (22) para negociar as reivindicações da categoria com a Prefeitura. Eles fizeram uma assembleia nesta manhã e querem algumas alterações na proposta enviada pelo Executivo na noite de terça-feira (20).
Neste documento, a PBH se comprometeu a constituir um grupo de trabalho para avaliar alterações na legislação municipal em relação à ocupação de cargos em comissão e de comando exclusivamente por guardas municipais e com previsão de conclusão até o fim deste semestre. Além disso, o órgão informou que está estudando um convênio com a Polícia Militar de Minas Gerais para a realização de um treinamento para porte de arma.
No entanto, os servidores exigem que esse estudo seja concluído em até três meses e redigiram uma contraproposta que deve ser entregue ainda nesta quarta-feira à Prefeitura. E, na manhã de quinta (22), eles realizarão uma nova assembleia no centro da capital para avaliar a paralisação. Eles não descartam uma greve geral, caso a PBH não se manifeste.
Além destas reivindicações, os guardas municipais também querem uma autorização do Governo de Minas para registrar ocorrências de crimes e atos ilícitos, o chamado Reds (Registro de Eventos de Defesa Social), sem o auxílio da PM (Polícia Militar). Atualmente, a tarefa é realizada exclusivamente pela PM no Estado.
Para discutir o assunto, uma reunião será realizada na tarde de quinta-feira entre os representantes da Guarda Municipal, do Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte) e secretário de Defesa Social, Bernardo Santana.
Mobilização
A mobilização dos guardas municipais teve início na semana passada, após uma confusão entre agentes da corporação e policiais militares no centro de Belo Horizonte. Na ocasião, uma guarda foi ferida no rosto por um tiro de borracha disparado por um PM. Ela passou por uma cirurgia e teve alta na última segunda-feira (19).