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MP apura responsabilidade de prefeitura em tragédia de Capitólio

Órgão analisa a conduta do município em relação às obrigações de identificação e fiscalização das áreas de risco nos cânions

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Bloco de rocha caiu sobre quatro lanchas
Bloco de rocha caiu sobre quatro lanchas Bloco de rocha caiu sobre quatro lanchas

O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) anunciou, nesta terça-feira (11), a abertura de um inquérito para investigar eventuais responsabilidades sobre o acidente que matou 10 pessoas nos cânions de Capitólio, a 290 km de Belo Horizonte.

De acordo com o órgão, a prefeitura da cidade turística estará no centro da ação que “apura a conduta do Município, especialmente quanto a obrigações de identificação, mapeamento e fiscalização de áreas de risco e manutenção da população informada sobre elas”.

O caso aconteceu no último sábado (8). Uma grande rocha se desprendeu da estrutura e caiu sobre quatro lanchas que transportavam turistas. Duas delas ficaram destruídas. Ao menos 30 pessoas ficaram feridas.

Um dia após o episódio, o prefeito de Capitólio, Cristiano Silva (PP), afirmou que considera uma "injustiça" que o município seja cobrado por eventuais falhas no monitoramento e fiscalização dos cânions na região. O político afirmou que o trabalho da prefeitura era de prevenção de acidentes envolvendo chuvas e cabeças-d´água.

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"Cobrar responsabilidade em relação à queda de um paredão de pedra, como a gente nunca teve isso em Capitólio, eu acho que fica até uma injustiça", disse em entrevista coletiva. "Meu pai vive aqui, tem 76 anos, nunca viu um desligamento de pedra assim", completou.

A Marinha também abriu um procedimento para avaliar a "segurança da navegação, a habilitação dos condutores envolvidos e o ordenamento aquaviário". "A Prefeitura de Capitólio tem regulamentado, por meio do decreto nº 32, de 27 de fevereiro de 2019, o ordenamento do espaço aquaviário sob sua jurisdição", informou o órgão em nota.

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O caso também é alvo de um inquérito da Polícia Civil. Em visita à cidade nesta segunda-feira (10), o governador Romeu Zema (Novo) também tratou o ocorrido como algo imprevisível. "Lembro que isto foi algo inédito. O que aconteceu ali é o que acontece, muitas vezes, Brasil afora. Uma rocha deslocou de determinado local sem nenhuma previsibilidade. Tivemos aqui a infelicidade de atingir uma lancha com 10 pessoas", afirmou. "Quando cai um raio, de quem é a culpa?", questionou o político.

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A reportagem procurou a prefeitura para comentar sobre a investigação do MPMG e aguarda retorno.

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Veja quem são as 10 vítimas da tragédia de Capitólio:

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