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Prefeitura consulta Anvisa para reutilizar tubos em hospitais de BH

Medida não é recomendada pelo fabricante, mas pode ser usada de forma emergencial; já faltam alguns tipos de tubo em BH

Minas Gerais|Gisele Ramos, da RecordTV Minas

A Prefeitura de Belo Horizonte enviou um questionamento à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para saber se suas equipes de saúde podem reutilizar tubos, usados na intubação de pacientes com insuficiência respiratória.

O colapso do sistema de Saúde na capital já é uma realidade e a situação se agrava a cada dia, principalmente pela falta de insumos. Médicos que atuam dentro dos hospitais que atendem pacientes com covid-19 na capital mineira dizem que o cenário é de guerra e temem a falta dos equipamentos.

Nesta semana, a prefeitura teve que socorrer o hospital São Francisco de Assis. De acordo com a subsecretária de Atenção à Saúde, Taciana Malheiros, a unidade ficou sem os medicamentos utilizados para a intubação de pacientes.

— Imediatamente nós fizemos uma força-tarefa para remanejar esses medicamentos e garantir a oferta de assistência.

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Medida não é ideal, mas pode ser usada neste momento
Medida não é ideal, mas pode ser usada neste momento Medida não é ideal, mas pode ser usada neste momento

A Secretaria Municipal de Saúde também monitora a escassez de um material fundamental nas salas de terapia intensiva: os tubos endotraqueais, que servem para intubar os pacientes. Apesar dos fornecedores do insumo garantirem ter estoque para atender ao município, Taciana afirma que a prefeitura já procurou a Anvisa para saber se é possível reutilizar esses tubos.

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— Neste momento, não faltam tubos. Nós fizemos uma consulta com a Anvisa, mas é uma medida preventiva, caso a gente precise reutilizar para garantir o atendimento. Em um momento de necessidade extrema, precisamos pensar em tudo.

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De acordo com diretor do Sinmed (Sindicato dos Médicos de Minas Gerais), Maurício Góes, a medida seria utilizada apenas em caráter emergencial.

— Segundo a Anvisa e o fabricante, não seria possível reutilizar. Mas, em termos técnicos, é possível desinfectar, mas é necessária a autorização do órgão regulador.

Góes prevê, ainda, que, diante do aumento do número de internações, a falta do insumo é uma questão de tempo.

— O clima, atualmente, é de guerra. Vários leitos sendo abertos em locais que não tinham antes, cirurgias canceladas, ocupação de espaços possíveis. Já faltam alguns tipos específicos de tubos.

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