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Último réu e delator da Chacina de Unaí começa a ser julgado em BH

Nas semanas anteriores, foram julgados e condenados os mandantes do crime 

Minas Gerais|Thaís Mota, do R7

Chacina de Unaí aconteceu há quatro anos no noroeste de Minas
Chacina de Unaí aconteceu há quatro anos no noroeste de Minas Chacina de Unaí aconteceu há quatro anos no noroeste de Minas

Começou na manhã desta terça-feira (10) o julgamento do último réu da Chacina de Unaí, o empresário Hugo Alves Pimenta. Ele fez um acordo de delação com o Ministério Público e confessou ter intermediado a contratação de pistoleiros para assassinarem quatro servidores do Ministério do Trabalho, em janeiro de 2004.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Pimenta teria contratado os atiradores por R$ 45 mil. Se condenado, o réu pode pegar de 12 a 30 anos de prisão por cada um dos quatro homicídios dolosos.

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O julgamento teve início por volta de 9h e é presidido pelo juiz Murilo Fernandes. O conselho de sentença foi formado, sendo composto por quatro mulheres e três homens. A previsão é de o júri popular dure três dias.

Na semana passada, o ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, foi condenado a 100 anos de prisão como mandante do crime. Já o irmão dele, Norberto Mânica, e o empresário José Alberto Castro foram condenados no final do mês de outubro, sendo o primeiro a 100 anos e o segundo a 96 anos de prisão. No entanto, todos conseguiram o direito de recorrer em liberdade.

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Os executores da chacina, Erinaldo Vasconcelos Silva, Rogério Allan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, já cumprem pena pelos crimes. Eles foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri Federal em setembro de 2013, com penas que foram de 56 a 94 anos de prisão. Um dos acusados teve o processo extinto e um dos intermediadores morreu na cadeia em 2013.

Relembre o caso

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Em 28 de janeiro de 2004, os três fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram mortos a tiros em uma emboscada em uma estrada de terra, próxima de Unaí, na região Noroeste do Estado.

Na ocasião, as vítimas fiscalizavam denúncias de trabalho escravo e diversas irregularidades trabalhistas nas propriedades rurais dos empresários, que devido ao poder econômico são conhecidos como "reis do feijão". O carro do Ministério do Trabalho foi cercado por homens armados, que mataram os fiscais à queima-roupa, ainda atados aos cintos de segurança.

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