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Polícia prende manifestantes durante ato contra o governo

Protesto, que também pede eleições diretas para presidente, terminou no Ibirapuera

São Paulo|Do R7, com Estadão Conteúdo

Dentre as reivindicações dos manifestantes está a convocação de eleições diretas para presidente
Dentre as reivindicações dos manifestantes está a convocação de eleições diretas para presidente Dentre as reivindicações dos manifestantes está a convocação de eleições diretas para presidente

Manifestantes contrários ao presidente Michel Temer (PMDB) fazem um protesto na avenida Paulista, na região central de São Paulo, neste domingo (11).

Houve um princípio de confusão na alameda Casa Branca. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, quatro pessoas foram detidas durante o ato, mas uma foi liberada ainda no local.

Os estudantes dizem que a PM agiu com truculência e que não havia policial feminina e os detidos são menores de idade. Segundo a PM, os estudantes tinham faca, soco inglês, bolinhas de gude, pedras, máscaras e um triturador de maconha.

Danilo Camargo, advogado do PT, foi atingido por um cassetete no estômago enquanto acompanhava a detenção dos estudantes. A Polícia Militar jogou gás de pimenta em jornalistas que acompanhavam o ato.

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A estudante Laís Lilandra Andrade disse que há menores de idade entre os apreendidos, que foram levados para o 78º Distrito Policial.

— Só pelo fato de estarmos com uma máscara no rosto nos agrediram sem justificativa.

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De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por volta das 16h30, o grupo caminhava pela avenida Paulista, sentido Consolação, ocupando toda a via. Segundo a Polícia Militar. Por volta das 18h20, o grupo seguia pela avenida Brigadeiro Luis Antonio, em direção ao Parque Ibirapuera. A CET informou que, pelo menos, 500 pessoas participam do ato. No horário, a avenida Paulista já estava liberada. Por volta das 19h30, os manifestantes começaram a se dispersar próximo ao Monumento às Bandeiras.

No encerramento do ato, Guilherme Boulos, representante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), acusou a PM de repressão na prisão dos três manifestantes ainda na concentração, na avenida Paulista.

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— Se acreditam que vão nos intimidar, que vão nos deter, com esse tipo de provocação, estão muito enganados.

Ele convocou os manifestantes para um novo protesto no próximo domingo, novamente na Paulista.

Durante a marcha, os manifestantes encontraram um cordão de isolamento da Polícia Militar no fim da avenida Brigadeiro Luís Antônio, na esquina com a rua Jundiaí. Boulos e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) negociaram a passagem do ato e a PM acabou liberando o caminho.

A Polícia Militar ainda não estimou o público presente no ato. Os organizadores falam em 50 mil pessoas, menor do que a estimativa deles para a manifestação da semana passada, que teria reunido quase 100 mil pessoas.

Carta ao presidente

De acordo com a PM, foram apreendidos objetos com os detidos
De acordo com a PM, foram apreendidos objetos com os detidos De acordo com a PM, foram apreendidos objetos com os detidos

O ex-senador Eduardo Suplicy, que também participa da manifestação, contou ter entregue uma carta na casa do presidente Michel Temer, no bairro de Alto de Pinheiros, pedindo que a população seja ouvida no dia das eleições municipais sobre se quer ou não que Temer fique no cargo até 2018. Se a resposta for não, ele defende que sejam convocadas eleições diretas para dezembro.

Convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato começou por volta das 14h e tem como suas principais bandeiras o "Fora Temer" e a convocação de eleições diretas para presidente ("Diretas Já!"), além do repúdio às medidas tomadas pelo governo de cortes em programas sociais e trabalhistas, dentre outras áreas ("Nenhum Direito a Menos!").

Um varal com fotos foi estendido no vão do Masp (Museu de Arte Moderna), com o objetivo de arrecadar recursos para a compra de uma câmera fotográfica para o ativista Vinicius, membro do coletivo Afroguerrilha que teve seu equipamento destruído pela Polícia Militar no protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorrido no dia 31 de agosto.

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No domingo (4), um ato convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também se concentrou na avenida Paulista e foi até o largo da Batata, na zona oeste de São Paulo. Segundo os organizadores, mais de 100 mil pessoas se reuniram para protestar contra o governo.

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