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Reintegração de posse remove moradores em zona oeste de SP

Defesa Civil considera local de alto risco em razão da proximidade com talude de contenção de rejeitos do rio Pinheiros e por risco de incêndio

São Paulo|Fabíola Perez, do R7, e Ingrid Navarro, da Agência Record

Moradores protestam contra reintegração de posse no Jardim Humaitá
Moradores protestam contra reintegração de posse no Jardim Humaitá Moradores protestam contra reintegração de posse no Jardim Humaitá

Uma reintegração de posse em um terreno da comunidade Jardim Humaitá, localizado na avenida das Nações Unidas, na altura da avenida Engenheiro Roberto Zuccolo, na região da Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, ocorre desde às 6h desta quarta-feira (20). O local foi considerado impróprio para moradia por oferecer riscos de contaminação.

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"O risco de rompimento do talupe já era de conhecimento, mas poderia ter sido sanado com a regularização. A situação se alastrou e agora as famílias estão saindo sem alternativa", diz Juliana Avanci, advogada das famílias. "Elas não tem sequer o caminhão para retirar as coisas. A maioria não sabia que teria de sair hoje."

Cerca de 160 famílias vivem no terreno. Algumas delas, segundo a advogada, estão há 10 anos no local. De acordo com Juliana, as famílias foram comunicadas sobre a reintegração na segunda-feira (18), sem tempo hábil para moradores conseguirem outro lugar para ficar. A Polícia Militar foi acionada para dar apoio à desocupação.

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Defesa Civil

Nesta quarta-feira (20), a Defesa Civil afirmou, por meio de nota, que está removendo 128 famílias que ocupam irregularmente parte de uma área da Empresa Metropolitana de Águas e Energia, entre as avenidas Engenheiro Roberto Zuccolo e Nações Unidas, no Jaguaré. Do total de famílias, 77 assinaram o termo para receber o auxílio aluguel.

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O local é considerado pela Defesa Civil de alto risco em razão da proximidade com o talude de contenção das caixas de rejeitos que foram retirados do rio Pinheiros, bem como pelo risco de incêndio e explosão pela da presença de gás metano, segundo um laudo técnico da Defesa Civil e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

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"A necessidade da ação foi demonstrada pela 1ª Vara Cível, do Tribunal de Justiça, que destacou na decisão "que a Defesa Civil possui competência e autoridade para atuar nos casos de desastres, ou simples ameaça ou risco iminente de sua ocorrência". O pedido da EMAE para reintegração de posse do restante do terreno está em trâmite judicial", diz o órgão.

Empresa Metropolitana de Águas e Energia afirma que disponibilizou 60 veículos para o transporte de pessoas e objetos pessoais. A empresa removerá as moradias irregulares e promoverá a limpeza do terreno.

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