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Vítima de tragédia em Santa Maria, morador do ABC é enterrado em São Paulo

Ele estava na cidade gaúcha para reencontrar amigos e comemorar o aniversário

São Paulo|Do R7

Corpo de Rafael Paulo Nunes Carvalho foi enterrado às 11h desta terça-feira
Corpo de Rafael Paulo Nunes Carvalho foi enterrado às 11h desta terça-feira Corpo de Rafael Paulo Nunes Carvalho foi enterrado às 11h desta terça-feira (RICARDO TRIDA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Foi enterrado, às 11h desta terça-feira (29), o corpo de Rafael Paulo Nunes Carvalho, uma das vítimas da tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O sepultamento aconteceu no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista.

Rafael morava em Santo André e viajou para a cidade gaúcha com o propósito de reencontrar amigos do intercâmbio que fez a Nova Zelândia. Ele também comemorava o aniversário de 32 anos, completados na última sexta-feira (25).

A vítima trabalhava como vendedor em uma distribuidora de alimentos e bebidas. Em seu velório, amigos e parentes o homenagearam vestindo a camisa do São Paulo, seu clube de coração.

Incêndio

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O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, aconteceu na madrugada de domingo (27) e deixou 231 mortos e mais de 100 feridos, sendo 75 em estado grave. O fogo teria começado quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos.

A casa noturna estava superlotada na noite da tragédia, segundo o Corpo de Bombeiros. Cerca de mil pessoas ocupariam o local. O incêndio provocou pânico e muitos não conseguiram acessar a única saída da boate. Os proprietários do estabelecimento não tinham autorização dos bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da casa estava vencido desde agosto de 2012.

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Ao entrar na boate Kiss, para socorrer as vítimas do incêndio, os integrantes da corporação se depararam com uma barreira de corpos.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo, descreveu a situação.

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— Os soldados tiveram que abrir caminho no meio dos corpos para tentar chegar às pessoas que ainda estavam agonizando.

Prisões

Um dos donos da boate Kiss e dois músicos da banda foram detidos. Os pedidos de prisão, de caráter temporário de cinco dias, foram decretados pelo juiz Regis Adil Bertolin.

Na tarde de segunda-feiram, outro sócio da casa noturna se entregou à polícia. Ele se apresentou no 1º DP (Distrito Policial) de Santa Maria e não falou com a imprensa.

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