Depois de três semanas de curso, a nova leva de médicos com diploma estrangeiro conhecerão o SUS (Sistema Único de Saúde) na prática a partir desta segunda-feira (16). Segundo o Ministério da Saúde, os 2.180 profissionais passarão por uma semana de acolhimento nas capitais dos respectivos Estados onde atuarão. Na semana chamada de "acolhimento", eles terão contato com as "peculiaridades da população de cada região, como hábitos de vida e doenças mais comuns".
Os profissionais tiveram três semanas de aulas de português e de saúde pública, com ênfase no modelo do SUS. De acordo com o governo, 2.000 médicos são cubanos e 180 são de nacionalidades diversas, incluindo brasileiros.
Para atuarem nos Estados, os médicos terão os registros emitidos pelo Ministério da Saúde. Antes da sanção da lei do Mais Médico, a função de dar o documento que permite o trabalho no Brasil era dos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina).
Nova leva de médicos cubanos tem dificuldade em falar português
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o Mais Médicos vai fazer algo além de levar médicos às regiões carentes.
— [O programa vai trazer] outras mudanças, vai ajudar a mudar a mentalidade que ainda existe nos SUS de que a saúde só se faz em hospitais de altíssima complexidade, de que a saúde só se faz em hospitais. Ele vai fortalecer cada vez mais aquilo que é muito importante para os tipos de doença que temos no Brasil, que é a atenção básica à saúde, a saúde lá perto de onde a pessoa vive.
Sanção do Mais Médicos
A lei quecriou o programa foi sancionada nesta terça-feira (22) pela presidente Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Criado por medida provisória editada em julho e aprovada na semana passada pelo Congresso Nacional, o Mais Médicos tem o objetivo de levar médicos para regiões consideradas prioritárias e com carência desses profissionais, como as periferias das grandes capitais e o interior do País, além de aprimorar a capacitação dos profissionais.