Fé e força são duas palavras que movem Valéria Barracat, de 54 anos de idade. Durante nove anos ela batalhou para vencer o câncer de mama. Segundo a jornalista, foram muitos os obstáculos até conseguir superar a doença. Porém, apesar de toda dor, Valéria conta que uma das maiores dificuldades foi superar o preconceito no mercado de trabalho.
— Nestes nove anos, um dos momentos mais difíceis foi achar emprego. Ninguém vai escolher alguém com a uma doença destas para trabalhar. Uma vez, fui desclassificada para uma vaga no exame médico.
A descoberta da doença foi após uma mamografia de rotina.Valéria relembra que, desde quando soube do câncer, até hoje, foram nove cirurgias. Infelizmente, no ano passado, em durante um exame de rotina ela descobriu que a doença tinha voltado e, por isso, passou sete meses fazendo quimioterapia.
— A gente sempre chora ao longo do tratamento, a doença mexe com o físico e com o emocional, por isso nunca deixei de fazer exercício físico e sempre indico para quem câncer. Ele nos deixa longe da depressão por causa da endorfina e melhora nossa disposição.
Amamentação auxilia na prevenção do câncer de mama
Neste mês, Valéria tirou o cateter [tubo especial usado no tratamento], que é um símbolo da vitória contra o câncer de mama.
— Sempre soube que era a minha vida em jogo. Nunca faltei em consultas, em exames ou em sessões de quimioterapia. Sempre fiz tudo que os médicos me falavam e sempre tive muita força de vontade para lutar contra a doença.
Na busca pela cura, Valéria conta que os amigos foram importantes em sua recuperação.
— Meus amigos que sempre me apoiaram e me fizeram seguir em frente.
Câncer de mama tem cura quando diagnosticado de forma precoce
Trabalho Social
Por causa da doença, a jornalista conta que percebeu que havia pouca informação sobre a doença disponível para a população. Por isso, resolveu criar o Instituto Arte de Viver Bem e a Casa da Mulher, locais em que as mulheres com câncer podem se informar sobre a prevenção e o tratamento da doença.
— Percebi que havia poucas fontes confiáveis que falavam sobre a doença e que na internet havia muitas informações erradas. Hoje nosso trabalho não é apenas dar apoio emocional como também jurídico. Algumas mulheres, por exemplo, não sabem que quem tem câncer na cidade de São Paulo é liberado do rodizio de carros por cinco anos.
* Colaborou Brunna Mariel, estagiária do R7