Fux nega pedido de diretora da Precisa para não comparecer à CPI
Emanuela Medrades pleiteou sem sucesso direito não ser obrigada a ir à comissão, mas poderá calar-se para não se incriminar
Brasil|Do R7
![Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/H2PCGBUJ45OY3F35CRAGACL3IU.jpg?auth=db7c3b7712c0f4a73daf9e278174cd3ae5d8a559af2bb0e059e34b97e3f9129d&width=860&height=570)
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, rejeitou nesta segunda-feira (12) o pedido da diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, para que ela não fosse obrigada a comparecer à CPI da Covid. O depoimento está marcado para esta terça-feira (13).
Ela, porém, poderá ficar em silêncio para não produzir provas contra si, mas não poderá se negar a responder quando as questões foram de temas que não a incriminem. A decisão é semelhante a outras já concedidas ao longo da CPI, como a que beneficiou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
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A Precisa Medicamentos é investigada por ter intermediado as negociações do governo federal para aquisição da Covaxin, vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O imunizante é o mais caro entre os negociados pelo governo brasileiro, e o contrato de R$ 1,6 bilhão já foi suspenso pelo governo federal.
O ministro Luís Roberto Barroso foi o sorteado para delibarar sobre o pedido. No entanto, como o STF está em recesso, coube a Luiz Fux analisar a questão, conforma as regras do STF.
Suspeita
As suspeitas surgiram após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, apontarem pressão atípica pela compra da vacina Covaxin e possíveis irregularidades. Eles contam que denunciaram o caso em março ao presidente Jair Bolsonaro.