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Gilmar vota por parcialidade de Moro e aponta 'interesses políticos'

Segundo Turma do STF julga pedido da defesa do ex-presidente para declarar parcialidade em atuação contra ex-presidente

Brasil|Márcio Pinho, do R7

O ministro Gilmar Mendes, do STF
O ministro Gilmar Mendes, do STF O ministro Gilmar Mendes, do STF

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta terça-feira (9) pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro e afirmou que ele agiu com interesses políticos nos processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em voto que durou cerca de duas horas, Mendes fez duras críticas ao ex-juiz e à Operação Lava Jato, a qual classificou como o "maior escândalo judicial da história". Ele fez ainda comparação entre a operação e o AI-5, ato institucional da ditadura militar que suprimiu direitos e representou o período de maior repressão. 

Mendes citou uma série de fatos citados pela defesa de Lula que indicariam a parcialidade, como uma condução coercitiva para depoimento na Polícia Federal no aeroporto de Congonhas sem que Lula tivesse sido convocado para depoimento e a interceptação de áudios do escritório de advocacia que representa o ex-presidente, entre outros. Citou ainda mensagens obtidas na Operação Spoofing, da Polícia Federal, relevados pelo site "The Intercept Brasil", e que mostram atuação conjunta entre Moro e promotores na investigação. As mensagens foram obtidas por hackers, que invadiram o aplicativo Telegran usado para comunicação entre Moro e os procudadores.

O julgamento retomou análise começada em 2018, na qual os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia já tinham votado contra a tese trazida pela defesa de Lula. O assunto voltou à pauta após o ministro Edson Fachin decidir anular na segunda-feira (8) as condenações contra o ex-presidente.

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Com o voto de Gilmar Mendes nesta terça, o placar está em 2x1 contra a suspeição de Moro. 

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Mendes lembrou que apoiou a Lava Jato, em seu início, mas que logo percebeu o viés autoritário da operação. "O combate tem que ser feito dentro dos moldes legais. Não se combate crime, cometendo crime", disse.

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