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Maximiano diz que valor da Covaxin foi 'piso' praticado por laboratório

Imunizante mais caro negociado pelo governo teve valor determinado pela Bharat Biotech, segundo Francisco Maximiano

Brasil|Do R7

Francisco Maximiano, dono da Precisa
Francisco Maximiano, dono da Precisa Francisco Maximiano, dono da Precisa

O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, afirmou em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (19) que o contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento da vacina Covaxin, da fabricante indiana Bharat Biotech, teve o preço mais baixo praticado pela empresa no mercado internacional.

O contrato de R$ 1,6 bilhão, intermediado pela Precisa, no entanto, teve o valor mais alto entre os negociados pelo governo brasileiro - US$ 15 por dose - e virou alvo de órgãos como a Polícia Federal e a CPI após denúncias de irregularidades.

“Quem determina o preço de venda não é a Precisa, e sim o seu fabricante, a Bharat Biotech, que tem uma política internacional de preços. Nós conseguimos que ela fosse praticada no seu piso para o governo brasileiro, como frete, o seguro e todas as despesas incluídas", disse Maximiano.

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Essa foi uma das poucas falas do empresário sobre a negociação. Ele usou o direito concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de permanecer em silêncio em questões que julga que possam incriminá-lo.

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Maximiano não explicou a mudança de preço ao longo da negociação. Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o valor acertado pela Covaxin é 1.000% maior do que, seis meses antes, foi estimado pela própria fabricante - de 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).

Este valor não chegou a ser praticado pela Bharat Biontech, mas era uma estimativa de que o custo seria bem menor do que foi acertado com o governo brasileiro. Além disso, o memorial de uma reunião realizada em novembro no Ministério da Saúde estipulava o preço em US$ 10.

O preço final - US$ 15 - do contrato fechado em fevereiro de 2021 acabou sendo maior que as outras vacinas negociadas pelo governo. A da AstraZeneca, por exemplo, custou US$ 3,16 ao Ministério da Saúde. A da Pfizer, US$ 10.

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