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Alvo de especulações, Rui Costa nega que será candidato à Prefeitura de Salvador

Ao JR Entrevista, ministro também rejeitou a possibilidade de deixar a Casa Civil para assumir a presidência da Petrobras

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília


Rui Costa diz ainda que não quer assumir a Petrobras
Rui Costa diz ainda que não quer assumir a Petrobras

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que "não há possibilidade" de ele deixar a pasta para disputar a Prefeitura de Salvador (BA) nas eleições de 2024 ou assumir a presidência da Petrobras. "Nenhuma das duas notícias procede. São muitas especulações, mas não há possibilidade nem cogitação [de saída da Casa Civil]", afirmou ele aoJR Entrevista nesta quarta-feira (19). A entrevista completa com o ministro vai ao ar na Record News, no R7 e nas redes sociais a partir das 19h45.

"Quando eu cheguei [ao ministério], no meu primeiro dia de trabalho — e trabalho com várias pessoas que compuseram a Casa Civil no primeiro governo Lula —, me disseram para eu me preparar, porque a Casa Civil é alvo de muitas notícias. A maioria das notícias veiculadas não são verdadeiras", disse.

Rui Costa deixou claro que se "orgulharia" de disputar a prefeitura da capital baiana, mas que o objetivo dele no momento é se manter na Casa Civil "e fazer um plano nacional de aceleração do crescimento para a vida do povo melhorar".

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O ministro já foi governador da Bahia e é visto como uma opção competitiva para enfrentar o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), nas eleições municipais.

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Rui Costa também é alvo de especulação sobre um possível deslocamento para a presidência da Petrobras, como forma de abrir espaço a partidos do Centrão no governo. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rejeitou a possibilidade e enfatizou que "quem discute ministro é o presidente da República, não é o partido que pede ministério".

'Momento de distensionar o país'

Sobre a relação com o Congresso, o ministro disse que é o "momento de distensionar o país". "O que o trabalhador, o que a mãe de família quer é que todo mundo se esforce para gerar emprego, melhorar a educação, a saúde. A população, em geral, não gosta de ver políticos brigando, porque o bate-boca não ajuda." 

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"É hora de unir o país, de todo mundo voltar a se dedicar. O governo e o país têm que cuidar das pessoas. É um momento de brigar menos e trabalhar mais", finalizou.

Taxa básica de juros

O ministro também comemorou a queda do dólar e da inflação e defendeu a redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. "A inflação está caindo, e o emprego vai se recuperando. Só falta uma coisa acontecer no Brasil, que é a ansiedade de todos nós, que é a queda da taxa de juros, que ainda está muito alta, em 13,75%. Portanto, assim que os juros caírem, não tenho dúvida em afirmar, nós vamos retomar a economia", disse.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do BC que define a taxa de juros, ocorre nos dias 1º e 2 de agosto. Essa será a primeira reunião após a chegada de dois diretores indicados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Gabriel Galípolo foi nomeado diretor de Política Monetária e Ailton Aquino, diretor de Fiscalização.

Criação de 'Fundo Verde'

Costa também afirmou que o governo federal vai criar um fundo verde a fim de captar recursos internacionais e financiar a descarbonização da economia. O ministro não deu detalhes dos valores do fundo, mas afirmou que um dos objetivos é acelerar a substituição da frota de veículos movidos a diesel por veículos elétricos, além de investir na produção de hidrogênio verde.

O hidrogênio verde é obtido em um processo químico que separa as móleculas de oxigênio e hidrogênio da água por meio de fontes renováveis, como a eólica e a solar. Ele pode ser usado na produção de um combustível que não emite dióxido de carbono, um dos gases poluentes liberados por veículos movidos a fontes fósseis e um dos principais responsáveis pelo aquecimento do planeta.

"Nós vamos utilizar essa ferramenta da captação de fundos verdes internacionais para promover investimentos e custear mais parques solares e parques eólicos, e também para atrair investimentos para uma área de tecnologia de ponta, que é a produção de hidrogênio verde. O Brasil desponta como o lugar do mundo que tem melhor condição para a produção de hidrogênio verde", completou.

Na terça-feira, Rui Costa se reuniu com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) para discutir um projeto do governo na área de combustíveis sustentáveis. O chamado PL do combustível do futuro estabelece metas e compromissos para a redução das emissões de carbono pelo setor de transportes.

A expectativa é que o projeto trate, entre outros assuntos, da questão do diesel verde, dos incentivos à produção de combustível sustentável para aviação e das regras para a captação de carbono.

Augusto Aras na PGR

O ministro evitou emitir opinião sobre a recondução de Augusto Aras à Procuradoria-Geral da República. Segundo ele, essa é uma "escolha pessoal do presidente da República, e só a ele cabe fazer", comentou. O mandato de Aras termina em setembro. 

Tradicionalmente, os membros do Ministério Público fazem uma lista tríplice de nomes para o cargo e a apresentam ao presidente da República, que não é obrigado a acolher os nomes escolhidos. 

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