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Cenário eletroenergético de 2022 ainda é de atenção, diz governo

Ministério de Minas e Energia divulgou nota em que informa que, apesar da melhora, a situação exige acompanhamento

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Baixo nível da represa de Furnas (MG), o principal reservatório do sistema Sudeste/Centro-Oeste
Baixo nível da represa de Furnas (MG), o principal reservatório do sistema Sudeste/Centro-Oeste Baixo nível da represa de Furnas (MG), o principal reservatório do sistema Sudeste/Centro-Oeste

Com o aumento das chuvas e a melhora do nível dos reservatórios de usinas hidrelétricas, o cenário no Brasil é mais favorável, mas ainda não está livre de preocupações, informa o Ministério de Minas e Energia. O órgão afirmou que ainda são exigidas atenção e ações excepcionais já em curso para assegurar o fornecimento de energia.

"A despeito da melhoria das condições de atendimento eletroenergético, tanto para 2021 quanto as perspectivas para 2022, permanece a situação de atenção e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) mantém o trabalho de acompanhamento permanente", pontuou.

Conforme a pasta, "todas as ações tomadas são respaldadas por estudos prospectivos elaborados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e pelo acompanhamento das demais medidas excepcionais em curso", e todas são "fundamentais para a garantia da segurança do atendimento ao SIN (Sistema Interligado Nacional), especialmente, para 2022".

A secretária-executiva de Minas e Energia, Marisete Pereira, afirmou neste mês que o cenário ainda era de atenção em novembro e que, apesar das muitas chuvas, ainda não se sabia a intensidade da hidrologia no país nos próximos meses.

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"Nós estamos acompanhando. Vai depender muito de como virão as chuvas a partir de dezembro, o período úmido. [A chuva se] antecipou, mas mesmo assim a gente ainda não tem o nível de segurança para dizer que estamos em um cenário de normalidade", afirmou ao R7 em uma visita ao Senado Federal.

Crise energética

O Brasil viveu neste ano um grave cenário de crise energética. Em junho, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que a seca enfrentada pelo país era a pior da história e que a escassez de água nas hidrelétricas era a maior dos últimos 91 anos. No fim de agosto, em outro pronunciamento, ele disse que a situação havia se agravado, com o período de chuvas no Sul pior do que o esperado.

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Na ocasião, o ministro anunciou o aumento do preço da energia. "Com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, tivemos que aumentar significativamente a geração de energia nas nossas termelétricas e estamos importando energia de países vizinhos. Como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, essa eletricidade adicional proveniente de geração termelétrica e de importação de energia custará mais caro", declarou.

Foi, então, implementada na conta de luz a chamada bandeira de "escassez hídrica", que acarreta um aumento de 6,78% na tarifa média. De lá para cá, após as chuvas do último mês, houve um alívio nos reservatórios das regiões mais atingidas, mas o cenário ainda é de preocupação, como afirmou a secretária Marisete Pereira.

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