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Embaixador de Israel não vai a ato de apoio a Bolsonaro em SP

Embaixada descartou possibilidade de qualquer representante diplomático israelense participar do evento deste domingo

Brasília|Do R7, em Brasília


Embaixada descarta participação de Zonshine
Embaixada descarta participação de Zonshine Marcos Oliveira/Agência Senado

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, não vai comparecer ao ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, convocado para este domingo (25), na avenida Paulista, em São Paulo. A informação foi confirmada ao R7 nesta quarta-feira (21) em nota enviada pela Embaixada de Israel no Brasil.

A entidade descartou a possibilidade de qualquer outro representante diplomático israelense participar do evento. "Respeitamos a liberdade de expressão no Brasil e preferimos ficar fora do debate político interno", diz o texto.

A informação veio em meio a uma crise diplomática causada por declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou a ação do exército de Israel contra o grupo terrorista Hamas ao Holocausto dos judeus pela Alemanha nazista.

A declaração de Lula foi dada durante entrevista coletiva realizada no último domingo (18), depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou o petista na ocasião.

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Após as declarações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou o presidente e descreveu suas palavras como vergonhosas e graves. Lula passou a ser considerado "persona non grata" em Israel até se desculpar pelo comentário. Isso quer dizer que o presidente brasileiro não é bem-vindo em Israel até se retratar.

Após uma reunião com diversos membros do governo no Palácio da Alvorada, Lula decidiu chamar de volta na segunda-feira (19) o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, para consultas. Ainda na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convocou Daniel Zonshine para um encontro.

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O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi às redes sociais para dizer que condena veementemente a declaração de Lula. Herzog disse que há uma "distorção imoral da história" e apela "a todos os líderes mundiais para que se juntem a mim na condenação inequívoca de tais ações".

Entidades e organizações também criticaram a declaração de Lula. A Conib (Confederação Israelita do Brasil) repudiou a fala. A instituição classificou a afirmação como "distorção perversa da realidade que ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes".

"Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu", diz a Conib.

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