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Governo recebe proposta de primeira hidrovia com pedágio

O estudo, feito pela empresa DTA Engenharia, certificou viabilidade do projeto, que precisa de investimento de R$ 101 milhões

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Senador Luis Carlos Heinze (em pé) apresenta projeto na Embaixada do Uruguai no Brasil
Senador Luis Carlos Heinze (em pé) apresenta projeto na Embaixada do Uruguai no Brasil Senador Luis Carlos Heinze (em pé) apresenta projeto na Embaixada do Uruguai no Brasil

O Ministério da Infraestrutura recebeu, nesta quarta-feira (13), o estudo que certifica a viabilidade da implementação da primeira hidrovia com pedágio no país, na lagoa Mirim, que atravessa a fronteira do Uruguai com o Brasil, no Rio Grande do Sul. A empresa DTA Engenharia calculou que o modal, que seria viabilizado por meio do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), necessitará de recurso na ordem de R$ 101 milhões.

Desse volume, R$ 85 milhões seriam aplicados na implementação do projeto, e R$ 16 milhões, na operação. A partir do estudo, o governo federal deve lançar um edital para tirar do papel a hidrovia, que tem como objetivo melhorar a relação comercial entre os dois países. A previsão é que o edital saia ainda no primeiro semestre deste ano, e a ideia do governo é que o projeto sirva como um piloto para novos investimentos no setor.

O estudo foi entregue ao ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, em cerimônia realizada na Embaixada do Uruguai. O evento contou com a presença do embaixador uruguaio, Guillermo Valles Galmés, de empresários, líderes partidários, além do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), responsável por levar o debate e emplacar o projeto junto ao governo federal.

A implementação da hidrovia foi idealizada há mais de seis décadas, destacou Heinze, mas apenas recentemente começou a sair do campo das ideias, com a inclusão do projeto, no ano passado, entre as prioridades do governo federal para PPI. 

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"Conseguimos, ao longo desses dois anos, que a DTA fizesse um estudo às custas dela. O governo vai licitar a obra, que a DTA pode ganhar ou perder. É um contrato de risco que eles fizeram, mas que representa um passo importante: 60 anos depois, estamos tirando esse projeto da hidrovia do papel para se tornar uma realidade", disse, ao R7, o senador Heinze.

O estudo traz duas propostas de financiamento. A primeira é 100% privada, que estabelece um pedágio na faixa de R$ 10,10 por tonelada de peso morto. Já a outra possibilidade seria haver investimento do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o que reduziria o pedágio para R$ 6,23.

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Lagoa Mirim, na fronteira do Brasil com o Uruguai
Lagoa Mirim, na fronteira do Brasil com o Uruguai Lagoa Mirim, na fronteira do Brasil com o Uruguai

Com a hidrovia, o porto de Rio Grande deverá ampliar a capacidade em mais de 25% e os gastos com a carga fluvial devem ser 20% mais baixos na comparação com o modal terrestre, estimulando o comércio entre o Uruguai e o Brasil, afirmou Heinze. "São várias coisas que estarão ligadas a essa hidrovia em termo de desenvolvimento, relação comercial para ambos os países, turismo. As regiões possuem potencial de produção agropecuária e florestal de mais de 1 milhão de hectares", destacou.

O projeto prevê a dragagem e a sinalização do canal São Gonçalo e da lagoa Mirim. A proposta é possibilitar o transporte de insumos agropecuários, fertilizantes e cargas de grãos e madeira nos mais de 300 quilômetros de extensão das águas. A navegação se dará pela lagoa Mirim. O rio Tacuarí é afluente da lagoa e abrange os territórios de Cerro Largo, Treinta y Tres e Tacuarembó.

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