Moraes diz que discurso contra a Justiça Eleitoral é 'lamentável'
Ministro afirmou que alegações de que ocorre fraude nas eleições feitas com urnas eletrônicas são criminosas
Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília
![O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/WQMX6I4E4FLKZI3RAILAOJTRZA.jpg?auth=466816ee7954a5054335c6748560ad6d8bc476e024ba5ff2a7e9c71193de08e0&width=1224&height=816)
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afirmou que "é lamentável e ignóbil o discurso contra a Justiça Eleitoral''. As declarações dele foram feitas durante discurso no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), na tarde desta sexta-feira (29).
O magistrado afirmou que as fraudes ocorriam em larga escala antes que o sistema eletrônico de votação fosse implantado e que desde 1988 o Brasil é exemplo de celeridade na apuração dos votos.
"Cada um dos juízes eleitorais deve se sentir indignado contra esse discurso fraudulento, mentiroso e criminoso que desqualifica uma das grandes conquistas deste país, que é a lisura do sistema eleitoral", destacou.
O ministro, que é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou que nunca foram comprovadas falhas que ameaçassem a integridade das urnas. "As fraudes que ocorriam, as inúmeras pendências eleitorais que ocorriam na Velha República, acabaram. Desde 1988, o Brasil é a única grande democracia do mundo que, em poucas horas, dá um resultado transparente das eleições. Nunca houve comprovação de fraude nas urnas. Quem diz o contrário diz por ignorância, má-fé ou os dois", completou ele.
Moraes assume a presidência do TSE em agosto e vai conduzir as eleições de outubro deste ano. O ministro também é relator no Supremo de um inquérito que investiga a propagação de fake news e ataques contra as instituições.
"Não vamos aceitar desinformação e milícias digitais nas eleições em 2022. Não aceitaremos fake news, notícias sobre supostas fraudes. Vamos mostrar que a população brasileira deve acreditar nas urnas", completou o ministro.