Pimenta minimiza cobrança de Lula a Haddad e diz que se tratava de ‘brincadeira’
Durante evento nessa segunda, chefe do Executivo cobrou maior articulação dos ministros com o Legislativo
Brasília|Ana Isabel Mansur e Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Paulo Pimenta afirmou nesta terça-feira (23) que a cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a alguns de seus ministros se tratou de uma “brincadeira”. “Eu acho curioso que, em um evento tão impostante quanto o de ontem, em que foram feitos anúncios tão significativos, no momento que o presidente Lula fez uma ‘brincadeira’ com recurso de retórica”, afirmou durante um encontro com a imprensa no Palácio do Planalto. O comentário foi feito durante o lançamento do programa Acredita, programa de reestruturação do mercado de crédito no Brasil com quatro eixos. Na ocasião, o chefe do Executivo cobrou uma maior articulação dos integrantes do governo com o Legislativo.
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“Eu quero chamar atenção em um aspecto que pode parecer até uma questão menor, mas quem conhece o presidente Lula sabe da maneira alegre, fraterna, amiga, que ele estabelece uma relação com todas as pessoas que ele convive e também conosco, que fazemos parte da sua equipe [...]. Para qualquer pessoa que estava presente lá percebeu que se tratava de uma forma generosa e carinhosa que presidente Lula faz normalmente com as pessoas que ele quer bem. E ele fez uma brincadeira com o [Geraldo] Alckmin, [Fernando] Haddad, Rui [Costa] e Wellington [Dias]”, completou.
Ainda sobre o novo programa do governo, Pimenta afirmou que se trata do “mais importante programa de crédito já anunciado, da história do Brasil, tratando desde a questão do microcrédito e também criando linhas de financiamento novas para outros setores”.
Entenda
Em evento no Palácio do Planalto nessa segunda-feira (22), o petista declarou que o titular da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, têm que “conversar mais”.
“O [Geraldo] Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Fernando Haddad tem que, em vez de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias], o Rui Costa [ministro da Casa Civil], passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, afirmou Lula, durante lançamento de programa de crédito. Depois da declaração, o presidente incluiu na agenda uma reunião com Rui Costa e Haddad, prevista para o final da tarde.