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Polícia Civil do DF faz operação contra grupo suspeito de fraudar 540 sites de leilão de veículos

Ao todo, os investigadores cumprem 12 mandados de prisão, 10 de prisão em São Paulo, além do bloqueio de 50 contas bancárias

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Quadrilha usava brasão de tribunal nas falsificações (Divulgação/ Polícia Civil do DF)

A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) deflagrou nesta quinta-feira (25) uma operação contra um grupo suspeito de fraudar 540 domínios de site ligados a leilões de veículos e faturar R$ 470 mil por meio dos dados pessoais das vítimas. Os investigados alteravam o final do endereço das páginas de “com.br” para “.net” e usavam identidade visual igual para impulsionar as páginas clonadas usando empresas de marketing digital e mecanismos de busca. Os policiais cumprem 12 mandados de prisão na capital federal, 10 de prisão em São Paulo e bloqueio de 50 contas bancárias.

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Os investigadores acreditam que o grupo agia há pelo menos cinco anos. A vítima entrava no site falso e passava a conversar com os suspeitos, com a impressão que lidavam com a empresa verdadeira. “Até mesmo falsas notas de arrematação eram enviadas para as vítimas que só percebiam o golpe meses depois quando o carro nunca era entregue, oportunidade em que já não conseguiam mais contato, pois os criminosos haviam bloqueado o telefone”, disse a polícia.

O escritório do grupo seria em um prédio comercial de Santo André (SP), um dos alvos de buscas desta quinta. A polícia verificou que os criminosos “batiam ponto” e trabalhavam das 8h às 18h para atrair vítimas do Brasil inteiro. “Só na 9ª DP [em Brasília] foram registradas 10 ocorrências com prejuízos somados de R$ 470.000,00. Estima-se, todavia, que existam centenas de outras vítimas espalhadas por todo território nacional”, afirmou a PCDF. Entre os bens apreendidos, estão veículos e uma moto náutica.

“Laranjal” para lavagem de dinheiro

O delegado responsável pelas investigações, Erick Sallum, descreveu a rede montada para a lavagem de dinheiro como “um laranjal”, pois foram localizadas contas bancárias em 10 instituições financeiras diferentes. “Em sua maioria, as contas era titularizadas por indivíduos residentes em comunidades do Rio de Janeiro. Isso foi mais uma estratégia dos criminosos na tentativa de direcionar a investigação para o RJ, quando em verdade eles estavam sediados em SP.”

O inquérito indiciou 61 pessoas pelos crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e dezenas de fraudes eletrônicas com penas em abstrato somadas que podem alcançar mais de 30 anos de prisão.

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