Polícia impede servidora da Câmara de se casar com golpista no DF
Vítima e estelionatário estavam prestes a se casar em um cartório de Brasília; ele daria o golpe do 'Don Juan', segundo a polícia
Brasília|Josiane Ricardo, da Record TV, e Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília
!['Don Juan' teria aplicado golpe milionário em servidora da Câmara (foto ilustrativa)](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/VPELED6S6NK6DCRYVFBKRROS7Q.jpg?auth=6865a12c0ef3f61948ab934eabc8145e17eb2be62eb5e964a73bdb40936d04c2&width=1500&height=1000)
A Polícia Civil do Distrito Federal interrompeu o casamento de um estelionatário com uma jornalista da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (5). A cerimônia ocorreria em um cartório da Asa Sul, em Brasília (DF). Hudson Ferreira, 29 anos, é investigado porque teria se envolvido com a servidora pública para aplicar um golpe milionário. A vítima, de de 45 anos, só ficou sabendo da intenção dele pela polícia, horas antes do casamento.
O suspeito e três comparsas foram alvo de busca e apreensão em Planaltina (DF), antes de saírem para o casamento. Eles admitiram que o casamento era uma armação contra a servidora. A vítima teria caído em um golpe de “estelionato amoroso”, já que o autor só teria se aproximado dela com a intenção de lhe extorquir dinheiro, segundo investigação da polícia. O homem não foi detido porque a polícia ainda não tinha elementos suficientes para a prisão em flagrante.
A polícia descobriu que o suspeito armava várias histórias falsas para tirar dinheiro da servidora pública. "Ele inventava problemas de saúde e pedia dinheiro para arcar com as despesas das internações, entre outros golpes", afirmou Luiz Gustavo Neiva, delegado adjunto da 8ª Delegacia de Polícia (Cidade Estrutural). Uma das denúncias contra o suspeito partiu da região administrativa.
De acordo com a Polícia Civil, a família da vítima, que mora em São Paulo, percebeu que a mulher estava endividada. Os parentes vieram para o DF e ajudaram na investigação. Integrava o bando a companheira do suspeito, que foi apelidado pela polícia de 'Don Juan'. "Ela sabia do relacionamento dele com a servidora, e inclusive concordou com o casamento", afirmou Neiva.