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Polícia responsabiliza motorista de ônibus por colisão com trem que matou uma pessoa

Inquérito foi anexado ao processo da Justiça; condutor deve responder por homicídio culposo e lesões corporais culposas

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Uma mulher foi morta em acidente e quatro ficarão feridas

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que investigava o acidente entre um ônibus e um trem que matou uma pessoa em 17 de novembro do ano passado. A conclusão da investigação responsabiliza o condutor, que deve responder por homicídio culposo e por lesões corporais culposa. Segundo o inquérito, o acidente aconteceu devido ao desrespeito do motorista “à sinalização de parada obrigatória”.

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“Assinale-se que após a imobilização do ônibus sobre os trilhos, o seu condutor teve oportunidade, tempo e espaço suficientes para realizar uma manobra evasiva que possibilitaria a desobstrução da linha férrea diante da aproximação do trem”, avaliou a perícia.

“Aproximadamente 12 segundos antes da colisão com o trem (V2), as condições reinantes no fluxo de veículos permitiam ao motorista do ônibus (V1) efetuar manobra evasiva à frente. Presume-se que, aproximadamente 3 segundos antes da colisão, o ônibus também teria espaço livre para evadir-se em direção posterior (de marcha ré)”, aponta análise.

Em relação à sinalização, o documento avaliou que o local do acidente “possuía todas estas características, porém os elementos presentes no pavimento (sinalização horizontal) estavam esmaecidos. Sua cor não apresentava contraste nítido em relação ao asfalto e, em alguns pontos, não havia linha de continuidade entre seus desenhos e avisos”

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A conclusão do documento é que o motorista agiu com “culpa exclusiva no acidente que resultou em uma vítima fatal e quatro vítimas com lesões corporais”. “O maquinista do trem agiu de acordo com as normas técnicas e nada podia fazer para evitar a colisão”, afirma.

Depoimento do maquinista

O Maquinista do trem disse em depoimento à polícia que enquanto fazia a curva, passando pela estrutural, já começou a buzinar, mesmo sem ver o trânsito à frente, conforme manda as normas do sistema. “Em seguida, à medida que fazia a aproximação da passagem de nível, verificou que havia trânsito, mas fluía. Mesmo assim, intensificou a buzina e o sino do trem, a fim de chamar a atenção”, disse.

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No relato, o maquinista disse que quando viu o ônibus, ele aparentava estar parado ou devagar demais, por isso acionou o freio de emergência. “Mas mesmo assim, devido ao espaço necessário até a parada total, ainda mais carregado, como estava, é impossível parar de imediato, a composição não é igual a um veículo rodoviário, pois precisa de muito espaço para parar. Motivo pelo qual, as paradas totais precisam ser programadas. Nisso, o impacto com o ônibus foi inevitável, tendo restado vítimas e uma fatal”, diz o texto.

A velocidade antes do acidente era abaixo de 30km/h, e segundo o maquinista, no momento da batida, estava a cerca de 20km/h.

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Relembre

O acidente aconteceu na tarde de uma sexta-feira (17), no SIA, região administrativa do Df a cerca de 10km do centro de Brasília. Uma mulher morreu no local e quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital de Base.


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