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Servidores federais pressionam por reajuste de 28% em protesto

Sindicatos e associações se reuniram na porta do Banco Central. Entidades afirmam que há protestos em outras capitais também

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Servidores públicos federais protestam por reajuste salarial na frente do Banco Central
Servidores públicos federais protestam por reajuste salarial na frente do Banco Central Servidores públicos federais protestam por reajuste salarial na frente do Banco Central

Servidores públicos federais protestaram na porta do Banco Central nesta terça-feira (18), em Brasília, demandando um reajuste salarial de 28%. Sindicatos e associações presentes alegam que a manifestação ocorre também em outras capitais. A demanda já existia, mas uma ação mais efetiva por parte dos servidores teve início depois que o governo prometeu aumento a profissionais da segurança pública, prevendo R$ 1,7 bilhão no Orçamento deste ano.

A manifestação teve início às 10h. Após o ato com carro de som e discursos, os servidores se deslocaram do Banco Central para o Ministério da Economia, onde o ministro Paulo Guedes se reúne com Campos Neto, presidente do Banco Central, às 14h.

Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques afirma que o anúncio do aumento das carreiras da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) foi o estopim para o início de uma mobilização maior dos servidores.

"Não vamos mais aceitar o congelamento salarial imposto pelo presidente Bolsonaro. Houve uma proposta inicial aos policiais, que são trabalhadores, e reconhecemos a legitimidade do pedido de aumento. Mas precisamos observar que o restante, 1,6 milhão de servidores, continua sem proposta de reajuste", ressaltou ao R7. Os discursos no carro de som foram nesse sentido, pedindo isonomia no tratamento do governo.

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O presidente do Sindicato dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, Bráulio Cerqueira, também frisou que é preciso que o governo trate os servidores da união com isonomia. "Oitenta por cento dos servidores civis não têm reposição desde 2017. Já acumulamos 28%", afirmou.

De acordo com ele, não bastaria o governo recuar no reajuste dos servidores da segurança pública. “Não basta isonomia na perda. Precisa ter isonomia na defesa de um salário que reponha minimamente as perdas inflacionárias. Não adianta isonomia na miséria”, disse.

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O presidente afirmou que o governo teve uma folga proporcionada pela PEC dos Precatórios, que alterou o cálculo no teto de gastos. Para ele, o governo tem capacidade de conceder o reajuste salarial.

Servidores públicos federais criticam ministro Paulo Guedes
Servidores públicos federais criticam ministro Paulo Guedes Servidores públicos federais criticam ministro Paulo Guedes

Diretor de comunicação da Associação de Servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Fábio Rosa afirmou que os servidores da agência foram para a manifestação pedir não só o reajuste, mas também respeito por parte do presidente Jair Bolsonaro, que já criticou a agência e os servidores em algumas ocasiões.

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Em meio à pressão de servidores, o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira (18) que não há espaço no Orçamento para conceder aumento salarial aos servidores públicos. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro ainda não decidiu sobre os reajustes dos agentes da segurança e saúde.

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"Não tem espaço no Orçamento para isso [reajuste salarial para todos os servidores públicos federais], não sei nem se o presidente vai conceder isso aí [a servidores da segurança e da saúde], vamos aguardar e esperar o presidente bater o martelo, mas o espaço orçamentário é muito pequeno", comentou Mourão.

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