A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República divulgou nota de pesar pela morte do jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna, de 28 anos, e informou que está acompanhando o caso. O corpo do jovem, que era ativista na luta pelos direitos dos homossexuais, foi encontrado no domingo (18), em uma praia de Cabo de Santo Agostinho, no litoral sul de Pernambuco. Uma das suspeitas é de que Fortuna tenha sofrido um ataque motivado por homofobia. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas.
Na nota, a secretaria destacou que está em contato com o governo de Pernambuco para monitorar a situação e "se colocar à disposição". Informou ainda que a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos notificou as autoridades responsáveis pela investigação do caso, enfatizando que “familiares, amigos e companheiros de militância de Lucas merecem saber o que motivou sua prematura morte”.
O texto mencionou também o ativismo do jovem em defesa dos direitos humanos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e lembrou que a luta do jornalista sempre foi "pautada pela afirmação de direitos e enfrentamento a todas as formas de violência".
— Nos solidarizamos com todos e todas que conviviam com Lucas e reafirmamos o compromisso de seguir trabalhando com firmeza para que as causas pelas quais Lucas tanto lutou avancem cada vez mais no Brasil.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, Lucas Fortuna estava somente de cueca quando foi encontrado. Parentes e alguns amigos disseram que partes do corpo dele estariam mutiladas.
O jornalista morava em Santo Antônio de Goiás, conforme sua página no Facebook. Ele estava em Pernambuco para participar de um evento como árbitro pela Federação Goiana de Voleibol.