A morte do jornalista Lucas Cardoso Fortuna, 28 anos, repercutiu nas redes sociais. Ativista na luta pelos direitos dos homossexuais, o jovem foi encontrado morto na praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco, no domingo (18). Uma das suspeitas é de que o jornalista tenha sido vítima de crime motivado por homofobia.
A morte foi lamentada por internautas, que também se manifestaram via blogs. Em sua página no Facebook, a Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social (Enecos) publicou uma nota, reafirmando “sua luta contra toda forma de opressão”.
O texto, compartilhado por mais de 4 mil usuários até o início da noite de segunda-feira (19), fazia um apelo para que mortes como a do jornalista não terminassem impunes e pedia a criminalização da homofobia.
Segundo a nota, Lucas Fortuna foi coordenador da regional Centro-Oeste da Enecos nos anos de 2005 e 2006.
Pelo Twitter, o deputado federal Jean Wyllys (Psol) informou que mencionaria o caso durante sua palestra em encontro promovido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos - instituição vinculada à OEA (Organização dos Estados Americanos) -, em Bogotá, na Colômbia.
— Já, já falo em encontro da CIDHs da OEA sobre violações de direitos de LGBTs, em Bogotá. E, claro, entre as estatísticas de crimes contra vida motivados por homofobia no Brasil, destacarei a morte do ativista Lucas Fortuna.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, Lucas Fortuna estava somente de cueca quando foi encontrado. Parentes e alguns amigos disseram que partes do corpo dele estariam mutiladas.
O jornalista morava em Santo Antônio de Goiás, conforme sua página no Facebook. Ele estava em Pernambuco para participar de um evento como árbitro pela Federação Goiana de Voleibol.