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Para evitarem que caso vá à Justiça, donos de loja podem propor acordo a funcionários torturados, diz MPT

Funcionário foi agredido com pauladas e outro teve o número 171 queimado na mão com ferro quente. Acusados foram liberados

Cidades|Do R7*

Responsáveis alegaram que queriam flagrar eventual furto por parte dos trabalhadores
Responsáveis alegaram que queriam flagrar eventual furto por parte dos trabalhadores Responsáveis alegaram que queriam flagrar eventual furto por parte dos trabalhadores

Os responsáveis por um estabelecimento comercial na cidade de Salvador, na capital da Bahia, acusados de ter agredido e torturado dois funcionários no local, podem evitar que o caso vá à Justiça propondo um acordo com as vítimas, de acordo com o MPT-BA (Ministério Público do Trabalho da Bahia).

O dono e o gerente da loja de roupas teriam confessado as agressões. Um dos trabalhadores foi agredido com um pedaço de pau e o outro foi torturado com os números 171 gravados com ferro quente na mão, que se referem ao crime de estelionato.

Os comerciantes teriam armado uma espécie de armadilha para flagrar um eventual crime por parte dos trabalhadores. Os responsáveis teriam deixado intencionalmente R$ 30 em cima de um balcão com o objetivo de "provar" que os funcionários estariam cometendo furtos ali.

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O vídeo foi gravado pelo dono e as agressões foram feitas pelo gerente. "Eu só queria criar uma situação para que eles entendessem que aquele não era o caminho, então eu quis consertar e acabei errando", disse o comerciante.

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As vítimas negam que tenham roubado alguma coisa na loja. "Essa marca que ele colocou na minha mão vai ficar pro resto da vida. Todo carro que eu vejo parecido com o dele na rua, eu fico assustado", diz o homem que teve a mão marcada com ferro quente.

De acordo com Luís Carneiro, procurador-chefe do MPT-BA, apesar das graves violações que foram registradas, "o dono tem a opção, primeiro, de oferecer um acordo, que é um termo de ajuste de conduta. Se o acordo não for para frente, ele vai ter que judicializar a questão", explicou.

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A defesa dos agressores nega o crime de tortura e alega que houve lesão corporal leve. Os acusados chegaram a prestar depoimento na delegacia, mas foram liberados por não terem antecedentes criminais. A Polícia Civil da Bahia ainda vai ouvir outras testemunhas antes de concluir o inquérito.

*Com a colaboração de Matheus Previde, daRecord TV

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