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Vulnerabilidade da população em desastres é considerada alta em 50% dos municípios brasileiros

Dados são de plataforma do governo federal que monitora possíveis consequências de mudanças climáticas

Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Dados são da plataforma 'Adapta Brasil' (Gilvan Rocha/Agência Brasil)

O Adapta Brasil, plataforma do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, considera que a população de 50% dos municípios do país tem vulnerabilidade alta em caso de desastres naturais, como as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias. De acordo com os dados, 2.801 das 5.570 das cidades brasileiras possuem índices considerados altos ou muito altos. Por outro lado, apenas 302 municípios contam com uma classificação de baixa fragilidade.

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Gráfico mostra a vulnerabilidade da população dos municípios

A plataforma também traz a classificação de cada cidade conforme a capacidade do município em se ajustar a possíveis desastres de inundações, enxurradas e alagamentos. De acordo com o índice, 66% dos municípios brasileiros têm baixa capacidade, o que pode dificultar operações de salvamento e reconstrução das áreas atingidas.

Gráfico mostra capacidade de adaptação dos municípios (Reprodução/Adapta Brasil)

Além disso, os dados mostram que o valor per capita de investimentos em proteção ambiental em políticas de adaptação e infraestrutura é considerado baixo em 2.640 cidades, correspondendo a 47% dos municípios brasileiros.

Regiões

As cinco regiões do país têm um índice médio para possíveis ameaças de eventos de inundações, enxurradas e alagamentos. Contudo, com relação à vulnerabilidade das populações, Centro-Oeste, Nordeste e Norte sobem para a classificação de alta fragilidade, enquanto o Sudeste e Sul permanecem na classificação mediana.

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Gráfico mostra vulnerabilidade das regiões brasileiras (Reprodução/Adapta Brasil)

Já na capacidade de adaptação, o Sul permanece na mesma posição, enquanto as outras quatro regiões apresentam índices baixos de ajustes.

Chuvas na Sul

O Rio Grande do Sul registrou, até o começo da manhã deste sábado (4), 56 mortes e 67 desaparecimentos pelas enchentes que atingiram ao menos 281 municípios gaúchos. Em meio aos temporais, o governo federal e de outros estados, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desempenharam esforços a fim de minimizar os danos causados às vítimas e aos municípios. Com a situação, nesta quinta-feira (2), o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul causado pelas chuvas e enchentes.

Além disso, 8.296 pessoas estão em abrigos, 24.666 estão desalojadas e 74 estão feridas. Ao todo, as fortes chuvas atingiram 377.497 moradores da região.

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