O BNDES anunciou quatro medidas para injetar R$ 55 bilhões de recursos na economia para minimizar os impactos causados pelo coronavírus.
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Ao detalhar as quatro medidas, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que em todo o ano de 2019 a instituição liberou R$ 60 bilhões na economia. "Agora, em uma semana, conseguimos injetar R$ 55 bilhões, o que mostra a importância desse anúncio", afirmou.
A primeira medida, explicou, é enviar R$ 20 bilhões do PIS/Pasep ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
A definição de quem poderá sacar esse valor cabe ao Ministério da Economia, que ainda não anunciou as regras.
Outros R$ 19 bilhões representam o refinanciamento (standstill) de operações diretas com o BNDES e R$ 11 bilhões para as operações indiretas.
As duas medidas representam uma brecha de seis meses para empresas que têm débitos com o banco de investimentos, que ficarão esse período sem pagar juros e a dívida principal.
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O banco também está ampliando o limite de crédito das microempresas do país em um volume total de R$ 5 bilhões.
Com a mudança, microempresas com faturamento de até R$ 300 milhões anuais poderão pedir até R$ 70 milhões de crédito e terão carência de 24 meses para começar a pagar. Elas não precisarão também, segundo o BNDES, especificar qual destino pretendem dar aos recursos.
Montezano afirmou que as medidas não têm prazo para acabar, e durarão o tempo necessário para amenizar os impactos causados pela pandemia.
O presidente do banco comentou ainda que este é o primeiro pacote de auxílios a diversos setores econômicos, e outros estão sendo estudados.
A instituição estuda novos incentivos para ajudar estados e municípios, com um montante que deve ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões; companhias aéreas, que poderão usar os recursos em operações dentro do território nacional; além de disponibilização de valores para turismo, bares e restaurantes.
Bolsonaro
O evento foi aberto com um discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro, alertando para o risco que representa a doença principalmente para os brasileiros de idade mais avançada. Mas destacou que a economia não pode parar por causa da doença.
O presidente da República também foi o último a falar na live, dizendo ter orgulho do "novo BNDES", que trabalha pelos "brasileiros de bem".
"Vamos vencer essa crise do coronavírus, mas com a manutenção de empregos. Porque a vida continua", finalizou Bolsonaro.