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Dólar e Ibovespa têm a 2ª semana seguida favorável para o Brasil

Respostas a invasões, inflação dos EUA, crise na Americanas e pacote de medidas econômicas influenciaram os últimos pregões

Economia|Do R7


Pela segunda semana seguida, o dólar fechou em queda, e o Ibovespa teve alta
Pela segunda semana seguida, o dólar fechou em queda, e o Ibovespa teve alta

Com o fechamento desta sexta-feira (13), o dólar completa a segunda semana seguida de queda, de 2,46%. O Ibovespa também manteve seu resultado positivo, com elevação de 1,79%, nos últimos cinco dias, acumulando alta de 1,08% até o momento em 2023, apesar da crise que atingiu as ações da Americanas e da tensão em Brasília decorrente das manifestações violentas de domingo (8)

Além disso, os agentes financeiros repercutem a possibilidade de a taxa de juros dos Estados Unidos ter uma alta menor que a esperada. Também avaliam o pacote de medidas econômicas anunciado na quinta (12) pelo Ministério da Fazenda.

Na sexta, a moeda americana fechou próximo do zero a zero ante o real. O dólar à vista subiu 0,14%, a R$ 5,1074 na venda. Na mínima da sessão, cedeu 0,44%, indo a R$ 5,0781, e, na máxima, subiu 1,09%, a R$ 5,1560, puxada, principalmente, pelo cenário externo, mas perdeu força ao longo do pregão.

Nas duas últimas sessões, o real se beneficiou da consolidação de apostas de uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros na próxima reunião do Fed (Federal Reserve), o banco central americano. Essa elevação representaria uma nova redução no ritmo do aperto monetário pela instituição, o que tende a enfraquecer a moeda dos EUA.

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"A mudança de postura pelo Fed foi ficando mais forte durante a semana; o CPI (dado de inflação daquele país), especificamente, ajudou bastante", disse Luca Mercadante, economista da Rio Bravo.

Contra uma cesta de moedas no exterior, o dólar operava próximo à estabilidade. "Não é um excelente humor externo, mas tem trazido uma tranquilidade para o mercado internacional", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.

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Na bolsa, o índice de referência do mercado acionário brasileiro fechou em queda de 0,84% na sessão desta sexta, a 110.916,08 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava R$ 20,6 bilhões.

Entre as maiores baixas do dia estava a BRF, mas o Ibovespa assegurou uma performance positiva no acumulado da semana, endossada por compras de estrangeiros, tendo chegado a flertar com os 113 mil pontos.

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Cenário local

O pacote de medidas anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continua no radar dos agentes financeiros. Entre os analistas, as percepções foram, em geral, positivas, mas com ressalvas.

O plano inclui reduções de débitos tributários e a reoneração de combustíveis e pode levar a um ajuste de até R$ 242,7 bilhões nas contas em 2023. Em uma projeção mais cautelosa, o ministro falou que o resultado primário do governo deve ficar em déficit de 0,5% a 1% do PIB neste ano.

Mercadante, da Rio Bravo, disse que qualquer anúncio nesse sentido é positivo, diante do cenário esperado anteriormente pelo mercado com relação à dívida. No entanto, para ele, parte das medidas não é concreta e tem foco apenas no curto prazo. "O plano visa reduzir a percepção de risco de curto prazo, para depois discutir perspectiva mais longa, com uma nova regra fiscal."

Jefferson Bittencourt e Paulo Valle, ex-secretários do Tesouro Nacional, avaliam que o conjunto de medidas para reduzir o déficit fiscal representa um sinal positivo do novo governo, ao indicar preocupação com as contas públicas, mas opinam que as iniciativas são insuficientes para estabilizar a dívida pública.

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O pregão desta sexta-feira teve, ainda, dado de atividade econômica local abaixo do esperado e encerra uma semana agitada nos mercados financeiros. Além do foco nos juros dos EUA e no pacote econômico doméstico, eles foram marcados por fortes respostas das autoridades aos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília e pelos anúncios de novos nomes de membros do governo.

Investidores tiveram uma miríade de eventos para repercutir nos últimos pregões, o que também inclui a descoberta de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões na Americanas.

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