O Distrito Federal terá nas eleições de outubro uma chapa formada pelo deputado distrital Leandro Grass (PV) ao governo e pela ex-diretora do Sindicato dos Professores Rosilene Correa ao Senado. O lançamento das pré-candidaturas foi confirmado pela federação PT-PV-PCdoB nesta terça-feira (21).
Apesar do anúncio da chapa, o vice e os suplentes ainda não foram escolhidos. O prazo é até 27 de junho. Em conversas, Grass tem dito que gostaria de que a aliada fosse uma mulher, provavelmente de outras legendas que compõem a aliança nacional, como o Solidariedade e o PSB, por exemplo. "Queremos que essa coligação seja a mais ampla possível", disse o pré-candidato.
Rosilene Correa deve enfrentar duas ex-ministras do governo do presidente Jair Bolsonaro: Damares Alves (Republicanos) e Flávia Arruda (PL).
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No levantamento mais recente da Real Time Big Data, Grass obteve 6% da preferência dos entrevistados. "Isso aqui está posto e será oficializado no tempo devido, mas estamos caminhando a passos largos para dar essa alternativa ao povo de Brasília", afirmou Eduardo Brandão, presidente do PV-DF.
Plano de governo
Durante o evento, Grass elencou prioridades do plano de governo. "Estamos diante de uma chapa educadora, com compromisso com a educação", disse. Ele também prometeu "um choque de democratia participativa nessa cidade, escutando quem está na ponta, vivenciando os problemas".
O pré-candidato ainda assinalou que as mulheres serão prioridade no mandato. Entre as propostas estão o estabelecimento de uma renda mínima como estratégia de combate à pobreza que seja complementar ao benefício federal. O pagamento estaria condicionado a contrapartidas de educação e saúde, por exemplo, como o antigo Bolsa Família. "A gente vai evitar que as pessoas voltem ao Cras para comprovar que precisam do benefício", afirmou.
Grass ainda promote reforçar os investimentos na Atenção Primária para desafogar a demanda sobre os hospitais públicos. "Vamos implementar o SUS na sua essência", declarou. "Vamos trabalhar para alcançar 100% de cobertura na Atenção Primária". Isso inclui contratar profissionais de saúde e zerar filas de cirurgias.
PT de fora
Pela primeira vez desde 1990, quando houve a primeira eleição distrital, o PT não terá nomes na cabeça de chapa ao Buriti. O presidente regional do partido, Jacy Afonso, afirmou que a definição já está colocada e independe dos resultados em pesquisas eleitorais. "Está encerrado esse processo [de escolha da chapa]", assegurou.