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R7 Entrevista
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Matteo Bocelli: ‘Não penso na pressão de corresponder a um legado, foco no meu som’

Filho de Andrea Bocelli, que seguiu os passos do pai na música, participa da turnê de 30 anos de carreira do tenor italiano no Brasil

Entrevista|Camila Juliotti, do R7

Matteo vai se apresentar com o pai no Brasil (Reprodução/Instagram @matteobocelli - 01.03.2023)

Andrea Bocelli está no Brasil para a turnê de celebração de seus 30 anos de carreira. O tenor italiano já se apresentou em Belo Horizonte, Brasília e, neste fim de semana, canta para os fãs brasileiros em dois shows no Allianz Parque, em São Paulo. Bocelli desembarcou no país com um dos filhos, Matteo Bocelli, que participa da turnê ao lado do pai.

O jovem de 27 anos falou sobre a oportunidade de visitar o Brasil e sobre as histórias do país que já ouviu do pai — esta é a sexta vez de Bocelli por aqui.

“Eu era muito jovem na primeira vez que estive no Brasil, mas tenho lindas lembranças. Estou mais velho agora e posso apreciar muito mais a cultura e o país. Meu pai sempre falou muito bem do Brasil e de seu povo, por causa do amor e apoio que sempre recebeu deles. Espero ter bastante tempo para explorar e aprender sobre o país e experimentar todas as coisas maravilhosas que meu pai me contou.”

Matteo, que além de cantar com o pai, tem o próprio trabalho na música, comentou sobre se sentir pressionado por ter escolhido a mesma carreira que ele.

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“Sou incrivelmente privilegiado por seguir os passos do meu pai e poder herdar conexões e oportunidades por causa dele. Claro, com isso vem muita pressão. Não posso colocar muita energia em pensar nas pressões externas de corresponder a um legado. Em vez disso, escolho focar em criar a melhor música que posso, enquanto permaneço fiel a mim mesmo e ao meu som”, afirmou.

O jovem cantor acabou de anunciar que vai se apresentar no Brasil e em outros países da América Latina com a turnê solo A Night With Matteo, em outubro deste ano. Nos shows, que já passaram pela Europa, EUA e Austrália, Matteo disse ter se surpreendido com a reação do público.

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“Eu não sabia o que esperar enquanto me preparava para esta turnê, de levar ao público minha música original. Eu não sabia se as pessoas receberiam minha própria música da mesma forma que quando eu me apresento ao lado do meu pai”, afirmou. “Sempre sonhei com esse momento desde que era criança e sou muito grato pelo apoio de todos ao longo do caminho. As pessoas têm sido tão calorosas e acolhedoras que mal posso esperar para continuar viajando e compartilhando minha música com cada vez mais pessoas”, completou.

Leia a entrevista com Matteo Bocelli na íntegra:

R7 — Claro que a música está no seu dia a dia desde criança, mas quando de fato você decidiu seguir carreira artística e começou a encará-la como profissão?

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Matteo Bocelli — Eu sempre cantei desde pequeno, mas sempre foi por diversão e no conforto da minha própria casa. Na verdade, eu era tímido quando se tratava de cantar na frente de outras pessoas. Comecei a explorar a música desde muito cedo, quando comecei as aulas de piano aos 6 anos. Depois de tocar piano por muitos anos e me apresentar para amigos e familiares, — e eventualmente para pessoas incríveis como David Foster — pude ver as reações positivas, o que realmente me encorajou e me deu forças para seguir uma carreira na música.

R7 — Você se sente pressionado por ter escolhido a mesma carreira que o seu pai?

Matteo — Eu sou incrivelmente privilegiado por seguir os passos do meu pai e poder herdar uma grande quantidade de conexões e oportunidades por causa dele. Claro, com isso vem muita pressão. Focar nessas expectativas só pode limitar minha criatividade e reduzir as possibilidades de experimentar e tentar novas músicas e sons. Por causa disso, não posso colocar muita energia em pensar nas pressões externas de corresponder a um legado. Em vez disso, escolho focar em criar a melhor música que posso, enquanto permaneço fiel a mim mesmo e ao meu som. Espero que, ao me concentrar em minha própria jornada musical, eu possa criar músicas significativas que ressoem com todos.

O jovem cantor disse que se sente privilegiado por poder seguir os passos do pai (Reprodução/Instagram @matteobocelli - 10.11.2022)

R7 — Qual a expectativa para cantar no Brasil, que histórias seu pai já te contou sobre o país?

Matteo — Esta será a minha segunda vez visitando o Brasil! Eu era muito jovem na primeira vez que estive no país, mas tenho lindas lembranças. Estou ansioso por esta segunda vez, pois estou mais velho agora e posso apreciar muito mais a cultura e o país. Meu pai sempre falou muito bem do Brasil e de seu povo, por causa do amor e apoio que sempre recebeu deles. Como ficarei por mais de uma semana, espero ter bastante tempo para explorar e aprender sobre o país e experimentar todas as coisas maravilhosas que meu pai me contou.

R7 — O seu gosto musical é diferente do gosto do seu pai, mas você ouve todo tipo de música ou tem um estilo preferido?

Matteo — Eu sempre ouvi uma variedade de gêneros e artistas. Meu pai definitivamente influenciou minha inclinação para a música clássica, já que é o que ele ouve. Meu irmão mais velho, Amos, foi quem me apresentou a diferentes gêneros quando éramos mais jovens. Considero o estilo de música que canto e que me vejo escrevendo frequentemente como romântico, mas realmente gosto de todos os estilos. Acho que você pode aprender e se inspirar em todos os tipos de música.

R7 — Além de Ed Sheeran – que já realizou –, com quem mais você sonha em trabalhar junto ou gravar parcerias?

Matteo — As pessoas com quem espero trabalhar no futuro não são necessariamente pessoas específicas. O meu desejo é mais de encontrar pessoas que sintam e vejam a música da mesma forma que eu. Seja uma pessoa famosa estabelecida ou um novo artista emergente, gosto de me conectar com pessoas que pensam na música da mesma forma. Claro, também é bom trabalhar com pessoas que me desafiem a ver a música de um ângulo diferente. Mas ter esse mesmo sentimento básico pela música é o mais importante para mim.

R7 — De onde vêm suas inspirações na hora de compor as músicas?

Matteo — Acho que as inspirações para qualquer música vêm de experiências reais de vida. Mas é olhar além de suas próprias experiências e considerar também as experiências de outras pessoas. Ter conversas com outras pessoas, ouvir as histórias delas sobre suas próprias vidas, ler livros. Estas são maneiras pelas quais você pode descobrir ideias sobre amor, amizade e relacionamentos. Acho que é por isso que tantas músicas acabam tendo um tema geral relacionado com o amor. É uma emoção que realmente ressoa com todos e pode ser aplicada a diversos relacionamentos na vida.

Matteo anunciou turnê solo na América Latina (Reprodução/Instagram)

R7 — Você está em turnê solo pela primeira vez. Como tem sido essa experiência, como tem sido recebido pelo público?

Matteo — Sim! Tem sido uma experiência incrível que ficará comigo para sempre. Eu não sabia o que esperar enquanto me preparava para esta turnê. De levar ao público minha música original. Eu não sabia se as pessoas receberiam minha própria música da mesma forma que quando eu me apresento ao lado do meu pai. Começamos a turnê no ano passado na Europa e na América e vimos uma reação incrível que eu não estava esperando. Este ano já terminamos uma turnê na Austrália e na América. Tem sido um ano agitado, mas emocionante e empolgante. Continuaremos a turnê retornando à Europa no verão de lá e depois à América do Sul e América novamente. Sempre sonhei com esse momento desde que era criança e sou muito grato pelo apoio de todos ao longo do caminho. As plateias têm sido tão calorosas e acolhedoras e mal posso esperar para continuar viajando e compartilhando minha música com cada vez mais pessoas.



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