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Após 96 dias sem parar, igreja encerra culto e salva refugiados

Governo prometeu na última terça (29) reavaliar pedidos de asilo de centenas de pessoas, incluindo mais de 700 crianças

Internacional|Filipe Siqueira, do R7

Culto começou em 26 de outubro e impediu que policiais levassem família
Culto começou em 26 de outubro e impediu que policiais levassem família Culto começou em 26 de outubro e impediu que policiais levassem família

Após 2.327 horas ininterruptas de cultos, uma igreja na Holanda conseguiu um acordo com governo na causa a favor de uma família de imigrantes armênios abrigados no local.

Na última quarta-feira (30), dirigentes da igreja anunciaram que autoridades reavaliarão os pedidos de asilo de centenas de refugiados no país.

O culto começou dia 26 de outubro, quando os Tamrazyans — uma família de cinco pessoas da Armênia que vive na Holanda há nove anos e corria riscos de ser deportada — se abrigou na Igreja Bethel, em Haia.

Os dirigentes da igreja se aproveitaram de uma lei holandesa que proíbe a polícia de entrar em uma igreja durante um culto religioso e ficaram 96 dias mantendo ritos no templo.

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Segundo a emissora holandesa NOS, a decisão das autoridades deve beneficiar diversas famílias que seriam deportadas para seus países de origem, muitas delas correndo risco de vida.

"No dia 30 de janeiro de 2019, o serviço contínuo da igreja que foi realizado desde 26 de outubro de 2018 igreja Bethel terminou. O acordo político que foi concluído na terça-feira oferece à família armênia Tamrazyan um futuro seguro no Holanda ", disse a igreja em um comunicado.

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Segundo a igreja, mais de 1.000 pessoas participaram dos cultos no período de três meses, e que o serviço se tornou uma espécie de peregrinação no país, segundo Axel Wicke, líder da igreja, em entrevista para a rede CNN.

Leis rígidas

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Os Tamrazyan já tinham uma decisão judicial anterior que lhes concedia asilo, conquistada a duras penas, no entanto, o governo da Holanda conseguiu reverter a decisão.

Depois disso, a família solicitou a proteção do “perdão da criança”, um programa holandês que dá residência a famílias de refugiados com crianças e que vivam no país há mais de cinco anos.

Mesmo cumprindo todos os requisitos, os Tamrazyan não foram beneficiados por essa política. O resultado era esperado, já que o governo holandês só concedeu 100 dos 1.360 pedidos de perdão de criança que recebeu desde maio de 2013, segundo um levantamento feito pela revista Quartz.

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