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Biden 'não tem planos' de se reunir com príncipe herdeiro da Arábia Saudita no G20

Presidente norte-americano reavalia relação com o líder saudita; encontro de chefes de Estado ocorrerá em novembro

Internacional|Do R7

Joe Biden cumprimenta Mohamed bin Salman
Joe Biden cumprimenta Mohamed bin Salman

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, informou neste domingo (16) que o presidente Joe Biden não planeja se encontrar com o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, na próxima cúpula do G20, que acontece na Indonésia.

Biden "não tem planos de se encontrar com o príncipe herdeiro na cúpula do G20", disse Sullivan à rede CNN, em meio a novas tensões nas relações entre os dois países causadas pela pressão saudita para reduzir a produção de petróleo.

A medida anunciada na semana passada pela Opep+, formada pelo cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) liderado por Riade e por um grupo adicional de dez exportadores liderados pela Rússia, reduziria a produção global em até dois milhões de barris por dia, a partir de novembro.

Isso pode fazer os preços dispararem, em meio a uma crise energética deflagrada pela guerra na Ucrânia, e em um momento doméstico delicado para Biden. Cansados da inflação, os eleitores americanos se preparam para votar nas eleições de meio de mandato, em 8 de novembro.


Nos Estados Unidos, essa medida foi vista como um tapa diplomático. Em julho, Biden viajou para a Arábia Saudita e se reuniu com o príncipe herdeiro, apesar de ter prometido tornar o reino um "pária" internacional após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018.

O governo Biden expressou seu apoio às medidas de retaliação tomadas por parlamentares democratas no Congresso. Mas, neste domingo, Sullivan afirmou que o presidente não agiria "precipitadamente".


"Ele vai agir de forma metódica, estratégica e levará tempo para consultar membros de ambos os partidos", o Democrata e o Republicano, disse à CNN.

A Casa Branca afirma que a Opep+ está "se alinhando com a Rússia", alegando que os cortes aumentariam a receita de Moscou e minariam o efeito das sanções impostas em represália à invasão russa da Ucrânia.


O governo saudita defendeu a medida como motivada apenas pela economia, e não pela política.

A disputa entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita pairou sobre as negociações dos ministros das Finanças e dos banqueiros centrais do G20 em Washington, que terminaram na quinta-feira (13) sem um comunicado conjunto. O grupo já estava dividido em relação ao conflito na Ucrânia.

Os chefes de Estado e de governo do G20 se reunirão no próximo mês em Bali, na Indonésia, para uma cúpula na qual Biden poderá se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, e outro rival, o líder chinês, Xi Jinping.

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