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Confrontos entre grupos armados no oeste do Haiti deixam 8 mortos

Além dos mortos, dezenas de pessoas ficaram feridas no confronto; já em Porto Príncipe, capital do país, a violência também continuou nesta segunda

Internacional|Da EFE

Protestos continuam em todo o Haiti
Protestos continuam em todo o Haiti Protestos continuam em todo o Haiti

Pelo menos oito pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante conflitos ocorridos no domingo (16) em Petite Rivière de l'Artibonite, no oeste do Haiti, informou a polícia local à Agência Efe nesta segunda-feira (17).

Muitas pessoas fugiram da região, onde possivelmente estão escondidos integrantes de um grupo armado liderado por Arnel Joseph, procurado pela polícia por ter cometido vários crimes e a quem é atribuído o controle de um dos bairros da capital do país.

Leia também: Entenda as razões dos protestos que paralisam o Haiti

Hoje, Porto Príncipe foi novamente palco de cenas de violência. As escolas ficaram fechadas, situação que coloca em risco a conclusão do ano letivo de milhares de estudantes. Da mesma forma que na semana passada, o transporte público está suspenso, e barricadas de pneus incendiados foram montadas em vários pontos da cidade, bloqueando vias que ligam a capital a outros departamentos.

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A tensão continua após mais de uma semana de protestos para exigir a renúncia do presidente do Haiti, Jovenel Moïse. Na última semana, ele já disse que não tem a intenção de deixar o cargo e convidou a oposição para um diálogo, mas os oponentes rejeitaram.

Hoje, o governo fez um novo convite a vários setores do país para conversarem, mas a proposta foi recusada pela maioria.

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Os protestos começaram em 9 de junho quando milhares de pessoas foram às ruas de Porto Príncipe e de outras cidades do país alguns dias depois que o Tribunal de Contas da União emitiu um relatório que aponta, por parte de uma empresa de Moise, o uso irregular de recursos da Petrocaribe, companhia por meio da qual a Venezuela fornece petróleo ao Haiti a preços baixos.

Segundo detalhes divulgados pela imprensa haitiana, a investigação revelou que a empresa do presidente haitiano recebeu milhões de dólares para executar vários projetos que nunca saíram do papel. Além disso, o texto informou que aparentemente existe uma rede dentro do governo que administra a obtenção de contratos para amigos do ex-presidente do país Michel Martelly e para o ex-primeiro-ministro Laurent Lamothe.

O relatório do Tribunal de Contas da União do Haiti classifica como "grave" a forma como vários governos gastaram mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 7,78 bilhões) em verbas da Petrocaribe entre 2008 e 2016, a metade dos recursos gerados pelo programa durante esse período.

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