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Eleição pode ajudar condenados da série 'Making a Murderer' nos EUA

Tio e sobrinho, personagens da série de documentários, podem ser beneficiados por novo governador do estado de Wisconsin

Internacional|Fábio Fleury, do R7


Steven Avery (e) e Brendan Dassey aguardam decisão do futuro governador
Steven Avery (e) e Brendan Dassey aguardam decisão do futuro governador

Na última terça-feira, Scott Walker e Brad Schimel, respectivamente o atual governador e o atual procurador do Estado de Wisconsin (EUA), ambos republicanos, perderam a eleição e não ocuparão mais os cargos a partir do ano que vem.

Eles serão substituídos por Tony Evers, o novo governador, e Josh Kaul, o futuro procurador. Os dois democratas, no entanto, não foram apontados como os principais vencedores da votação.

O dono de ferro-velho Steven Avery e seu sobrinho, Brendan Dassey, que foram condenados à prisão perpétua em 2007 e tiveram suas histórias contadas na série de documentários "Making a Murderer" ("Fabricando um Assassino", em tradução livre), da Netflix, podem se beneficiar pela mudança de cargos.

Advogado comemora resultado


O advogado de Avery, Jerome Buting, comemorou a vitória de Evers e pediu ao novo governador que pense na possibilidade de rever os casos de seu cliente e de Dassey, para conceder um perdão estadual a eles.

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Walker e Kaul tinham se recusado a avaliar a conduta dos sistemas jurídico e policial de Wisconsin no julgamento que levou os dois à cadeia, mesmo depois que a série apontou diversas inconsistências no julgamento.


Buting afirmou que os dois eram os "maiores interessados em manter Steven Avery preso". Seu cliente, por sua vez, insiste que foi preso por um crime que não cometeu. Pela segunda vez na vida.

Preso por engano


Em 1985, uma mulher chamada Penny Beerntsen foi atacada e estuprada em uma praia às margens do Lago Michigan. Quando foi à polícia, ela reconheceu a foto de Avery e voltou a reconhecê-lo quando ele estava em uma fila de identificação.

Steven Avery foi preso e condenado a 32 anos de prisão. Mesmo depois de mostrar um recibo provando que estava em uma loja a 60 quilômetros do local do crime na hora que Beerntsen foi atacada e contando com o depoimento de 16 testemunhas.

Apenas 18 anos depois, em 2002, um exame de DNA provou que ele não cometeu o crime. Ele foi solto e entrou com um processo contra a cidade de Manitowoc, o xerife de polícia e o promotor que o investigaram.

Separado da esposa e proibido judicialmente de ver os filhos no período em que esteve preso, ele pedia uma indenização de US$ 36 milhões (R$ 135 milhões em valores atuais). E foi durante essa briga judicial que ele foi acusado e preso por outro crime que ele alega não ter cometido.

A morte de Theresa Halbach

A fotógrafa Theresa Halbach foi vista pela última vez em 31 de outubro de 2005, após se encontrar com Steven Avery. Ela iria fotografar um carro que ele tinha colocado à venda.

Os investigadores encontraram sangue perto da iguinição do carro, que testes apontaram pertencer a Avery e ele foi preso duas semanas depois, acusado de sequestro, estupro, assassinato e ocultação de cadáver.

Segundo seus advogados, policiais que pertenciam ao distrito que ele estava processando participaram das investigações e poderiam ter plantado provas. Avery foi condenado à prisão perpétua.

O sobrinho, Brendan Bassey, foi preso e condenado como cúmplice. Ele fez uma confissão que depois foi contestada na Justiça, por ter sido feita sem que ele tivesse um advogado.

Um juiz de apelações chegou a descartar a confissão em 2016, mas a decisão foi revertida em uma instância superior.

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