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'Espalhava amor por onde passava', dizem ao R7 amigas de Celeste Fishbein, jovem morta pelo Hamas

Corpo de israelense de 18 anos que era filha de uma brasileira foi localizado pelas autoridades de Israel nesta terça-feira (17)

Internacional|Sofia Pilagallo, do R7

Celeste Fishbein tinha 18 anos
Celeste Fishbein tinha 18 anos

Amigas próximas de Celeste Fishbein, israelense de 18 anos, filha de uma brasileira que vive em Israel, descrevem a jovem como gentil, cuidadosa e alguém que espalhava amor por onde quer que fosse. Celeste foi assassinada pelos terroristas do Hamas, e o corpo dela foi localizado pelas autoridades nesta terça-feira (17).

"Tchelet [o nome original de Celeste, em hebraico] era uma menina incrível", afirma Shira Nudel ao R7. "Ela era uma ótima amiga e estava sempre disposta a ajudar a todos."

Romi Peled, outra amiga de Celeste, disse: "Tchelet era alguém que não fazia pré-julgamentos sobre as pessoas. Ela sempre levava alegria por onde quer que ela fosse, mesmo se estivesse triste."

Shira conheceu Celeste há cerca de um ano, em uma viagem organizada por um movimento juvenil israelense conhecido como Noar HaOved (Trabalhando e Estudando Juventude, na tradução para o português). De lá para cá, tornaram-se melhores amigas.

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Romi e Celeste, por sua vez, ficaram amigas na escola, há seis anos. Depois de terem passado três anos estudando na mesma instituição, Celeste foi transferida para a sala de Romi, e as duas viraram inseparáveis. A última vez que as amigas se viram foi na semana do desaparecimento da vítima.

"Nós tínhamos tantos planos para o futuro. Eu simplesmente sabia que esta amizade duraria por muito tempo. Nunca senti tanta dor pela perda de alguém", lamenta Romi.

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Romi e Celeste ficaram amigas na escola, há seis anos, e viraram inseparáveis
Romi e Celeste ficaram amigas na escola, há seis anos, e viraram inseparáveis

Celeste estava em um dos kibutz atacados pelo Hamas na invasão do território israelense. Em um primeiro momento, as autoridades acreditavam que a jovem havia sido sequestrada pelos terroristas. Agora, a principal hipótese é a de que ela tenha sido morta na ofensiva terrorista. Segundo Shira, Celeste tinha um trauma de infância envolvendo foguetes.

"Quando Tchelet era jovem, ela e sua mãe estavam em um parque quando um foguete caiu a poucos metros de distância delas. Ela não foi para o Exército por causa desse trauma", conta.

Celeste morava junto com parte da família no kibutz Be'eri, que fica próximo à fronteira com a Faixa de Gaza. O local foi devastado depois do ataque-surpresa do Hamas no último dia 7 de outubro, quando pelo menos 1.500 integrantes do grupo terrorista romperam o bloqueio à Faixa de Gaza e se infiltraram no sul de Israel, onde realizaram massacres e sequestraram reféns. Pelo menos 200 pessoas das 1.100 que viviam na comunidade foram assassinadas.

Últimos momentos

Celeste se comunicou com a família pela última vez no dia 7 de outubro, quando o conflito eclodiu em Israel. Às 10h06, no horário local, a jovem escreveu no grupo da família: "Os terroristas do Hamas estão usando roupas do Exército de Israel. Batendo nas portas para as pessoas pensarem que são soldados, para entrarem e matarem as pessoas. Não abrir a porta para ninguém. Cuidem das suas vidas."

Às 11h23, Celeste mandou o último recado: "Temos um receio de que exista um ataque cibernético. Amigos, agora vão começar a sair notas, fotos e vídeos com lugares para vocês se comunicarem. É tudo uma mentira. Se cuidem."

Pouco tempo depois do ataque, as mensagens cessaram e, desde então, os parentes de Celeste não conseguiram mais contato. A morte da jovem foi confirmada ao R7 e à Record TV nesta terça-feira (17) pelo tio dela, Mario Fishbein.

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