![Hong Kong terá regras mais rígidas por medo de terceira onda da covid-19](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/JC74O675N5MW7HQ6RPVUBIA7YQ.jpg?auth=1b2bdc92f1bf97fea9135983378d1921f2782db10caac10c9f77eaf5d4546794&width=660&height=360)
Hong Kong vai impor novas medidas mais rigorosas de distanciamento social a partir da meia-noite desta quarta-feira (15). Serão as restrições mais duras adotadas no pólo financeiro asiático desde o surgimento do novo coronavírus, e as autoridades alertam que o risco de um surto de larga escala é extremamente alto.
A cidade sob controle chinês registrou 48 casos novos de covid-19 nesta terça-feira (14), incluindo 40 que foram transmitidos localmente, disseram autoridades de saúde. Desde o final de janeiro, Hong Kong já registrou mais de 1.500 casos e oito mortes.
"Metade dos casos relatados hoje são de fontes desconhecidas. É muito preocupante, porque os casos podem se espalhar facilmente na comunidade", disse o doutor Chuang Shuk-kwan, uma autoridade de saúde de alto escalão.
As novas medidas de distanciamento social tornam o uso de máscaras obrigatório para pessoas que utilizarem o transporte público, e os restaurantes não oferecerão mais serviços no local, mas somente entregas após as 18h.
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Ambas são regras novas que não foram implantadas durante a primeira e a segunda onda da doença. Se uma pessoa não usar máscara no transporte público, enfrentará uma multa equivalente a 645 dólares.
Na segunda-feira (13), a executiva-chefe de Hong Kong, Carrie Lam, disse que o governo limitará as reuniões a 50 pessoas — medida vista pela última vez durante a segunda onda de março.
Doze tipos de estabelecimentos, incluindo academias de ginástica e locais de entretenimento, devem fechar por uma semana.
Preocupação
O governo disse estar muito preocupado com o número alto de casos importados, e planeja impor medidas adicionais a viajantes de locais de alto risco, como a apresentação de resultados negativos de exames na chegada.
Lam disse que as medidas resultam de um cabo de guerra de três pontas — as considerações a respeito da saúde pública, o impacto econômico e a aceitação social — e que a cidade pode ter que conviver com o vírus durante um período de tempo.
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Antes das novas medidas, alguns supermercados impuseram restrições a itens como arroz, máscaras e papel higiênico, noticiou a mídia local. Em fevereiro, moradores em pânico esvaziaram as prateleiras de grandes supermercados de toda a cidade em meio à escalada do medo do coronavírus.
Mais de 13,02 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo e 569.336 já morreram, de acordo com uma contagem da Reuters.